segunda-feira, 19 de abril de 2010

Capítulo 7: Gladiador

Data do Jogo: 19/04/2010

Depois de ser inscrito por Boro, fui levado aos aposentos dos que lutariam na arena. No caso, apostentos de escravos. O local em si, já estava relativamente cheio, e em um dos cantos havia uma cela isolada, e dentro dela, Eesha, acorrentado.

Ele devia ter apanhado bastante...até os chifres dele estavam marcados. E mesmo assim, perto de sua cela existia um guarda, que também era um escravo. De qualquer maneira, o realmente importante é o que veio depois. Um aviso de que, houveram tantas inscrições, que os organizadores do Torneio resolveram abrir uma gigantesca excessão, as inscrições agora seriam liberadas para qualquer pessoa, utilizando de qualquer equipamento.

Naquele momento, tive certeza que Boro se inscreveria. Porém, o pior é que junto deste pacote de novas regras, agora o torneio levaria 5 dias, sendo o último, a soma dos campeões de todos os dias anteriores em uma arena contra o demônio. Em geral, 5 guerreiros contra Eesha. A coisa, de fato tinha ficado muito feia.

Fiquei sentado próximo a grade que dava para a rua, tentando achar um rosto familiar. E apenas aguardando, já que o meu dia de lutas, seria este. Teria que lutar 5 vezes, e ganhar o dia, se quisesse salvar Eesha. Com o passar do tempo, Lauzen veio até a grade, dizendo que iria junto de Ragnoz e Katrinne até a Floresta da Noite Densa, em um plano para tentar adiantar algo. Concordei com o Plano, e apenas pedi para que meus equipamentos ficassem com Boro (afinal, como foi liberado, planejava utiliza-los na próxima luta).

Pouco depois, anunciaram o Início do Torneio, e a primeira luta seria minha. Adentrei na arena, com uma espada Curta, e os equipamentos que Boro me deu. E assim começaram as lutas...

1ª Luta: "O Touro"

Assim que entrei na arena, anunciaram meu oponente como sendo um homem conhecido como "O Touro". O elmo dele, realmente possuia chífres como um touro, e ele utilizava de uma Espada Bastarda como arma. Assim que a luta se iniciou, ele avançou. Apartei os primeiros dois golpes no escudo, antes do mesmo se partir (quase levando meu braço). Ia golpeando o mesmo a cada abertura que eu via em sua defesa. O terceiro golpe dele, me errou por pouco...e o quarto e o quinto destruiram minha armadura, deixando apenas um pequeno corte. Porém, estes golpes foram cruciais....com o sacrifício da armadura, avancei aplicando alguns golpes sequênciais. Touro veio ao chão, e o público pediu para que ele fosse morto. Boro foi até a ponta da torre dele, acenando o mesmo. Me recusei. Guardei a espada, peguei a Espada Bastarda de meu oponente e me retirei da arena perante as vaias.

Conforme fui descendo a escadaria, dois soldados me pegaram de surpresa, aproveitando-se para me golpear diversas vezes. Boro surgiu em seguida dizendo que seria bom eu seguir as regras dele enquanto estivessemos ali, senão aquilo se repetiria. (Eu não esquecerei disso, pois vai ter troco...). De qualquer maneira, pedi a ele meus equipamentos, e a ordem para que os clérigos do local curassem meus ferimentos. E assim foi. Feridas curadas...equipamento próprio...fomos a segunda luta.

2ª Luta: "O Bruto"

Na segunda Luta, um Norus entrou na arena, portando um gigantesco Machado de Batalha. Era um guerreiro valoroso. Assim que entrei no estádio com minha armadura....todos se calaram. Imaginei que, naquele momento, se uma tropa de Krozanos entrasse...eu realmente não ficaria surpreso. De qualquer maneira...apartir daquele momento, passaram a me nomear de "O Dragão Púrpura", e o Boro de "Boro o Impalador". Porque ele conseguiu esse título...eu simplesmente não faço idéia. Pois bem...a luta foi intensa, porém rápida. O Guerreiro em si, não usava armadura...só seu machado. Os golpes dele eram fortes, a ponto de eu achar que minha armadura e meu escudo não aguentariam (Se não fossem verdadeiros equipamentos de um Dragão...provávelmente não teriam mesmo). Com algumas sequências de golpes...o guerreiro ficou enfraquecido a ponto de não conseguir nem erguer seu machado. Dessa vez, coloquei a espada apontada na direção da garganta dele, e lhe pedi para escolher oque queria para si. O mesmo, preferiu uma morte limpa....e eu a dei. Uma morte Honrada, para um guerreiro honrado.
Levei o machado do mesmo, e sai da arena mais uma vez.

3ª Luta: "O Soldado"

Conforme entrei na arena pela Terceira vez (Após receber as muito bem recebidas curas efetuadas pelos clérigos), logo me deparei com um oponente que não parecia ser bem um escravo. Estava mais para um soldado da Milícia, utilizando uma armadura completa (Full Plate), um escudo, e uma Espada Longa....que pegava fogo. Esta luta, foi relativamente mais fácil que as anteriores...o rapaz sabia lutar, mas mesmo assim, não foi tão mais difícil. Claro, a lâmina flamejante era algo realmente incômodo, que testou a resistência do meu escudo e da minha armadura...Ao final da Luta, ele optou pela morte. Levei a armadura e a Espada Flamejante comigo.

Ao final desta luta, Boro veio falar comigo sobre deixar os equipamentos na minha "cela". Dizia ele que eu poderia ser roubado a qualquer momento, e que o melhor seria guarda-los em um local seguro. De fato, concordei com ele. Todos os equipamentos que eu havia conseguido até aquele momento, eu deixei com o mesmo (Com excessão da Espada Flamejante, e da Fullplate, que resolvi que usaria nas lutas seguintes, uma vez que as lutas até agora haviam danificado significativamente a minha armadura de Dragão). Segui para um rápido descanso, e novamente aos clérigos...pelo que rolavam os boatos, a próxima não seria fácil. Aproveitei para assistir as lutas dos outros oponentes. Um deles estava se destacando....utilizava de correntes, e matava seus oponentes com as próprias mãos. Em uma delas, chegou a desfazer o crânio de seu oponente apenas com repetidas pancadas na cabeça.....enfim.

4ª Luta: "O Aventureiro"

Desta vez, entrei na arena usando a Full Plate que havia conseguido na luta anterior. Utilizava meu escudo, e trazia duas espadas longas, uma de cada lado da Cintura. A "Presa de Thauglor" e a Lâmina flamejante. Como meu oponente, apareceu um Elfo. Utilizava uma armadura de Couro, e um arco. Sem espadas. Sem cortes. Pelo que estavam anunciando, em todas as lutas ele não havia sido atingido uma só vez, e logo eu descobri porque...a luta mal começou e o desgraçado já corria como um relâmpago, atirando flechas sempre que conseguia. Era só eu me aproximar que ele se afastava e atirava. Mantive posição defensiva, evitando tomar qualquer uma das flechas disparadas por ele, detendo-as com meu escudo...e aos poucos foi fechando uma área nele...tentando encurrala-lo de um modo que ele ficasse em minha área de ataque...demorou, até que eu consegui "prende-lo". Porém, nada é fácil como parece...conforme ele ficou preso, o elfo correu em direção a parede e passou a correr na própria parede, saindo da área de ataque novamente. Em um movimento ousado, lancei a "presa de Thauglor" que estava empunhando contra ele. Para minha sorte, a espada fez seu serviço, atingindo o mesmo que por sorte conseguiu evitar um golpe letal, mas recebeu um belo corte.

Naquele momento, o elfo entrou meio que em choque...acho que se tocou que era a primeira vez que via seu próprio sangue...e o medo tomou sua face, conforme eu avançava agora empunhando uma espada flamejante. Tentei atingi-lo nas pernas, mas falhei...entretanto, acertei um belo corte em seu peito (que nem sangrou...o fogo acabou fechando a ferida em seguida). Um segundo golpe, fez ele perder o equilíbrio. Chutei o arco das mãos dele, e apontei a espada em sua direção...o que o elfo fez, foi tirar uma faca através de um mecanismo que estava escondido em seu braço...e cortou a própria garganta. ele não desejava ser escravo...acredito eu. De qualquer maneira...peguei o arco e as flechas...e me retirei. A próxima luta, seria a final...e a pior delas.

5ª Luta: "O Esmagador"

Depois de descansar um pouco, e limpar as armas, a euforia no coliseu havia aumentado ao ápice. A Luta final iria começar em breve...Eu, contra o "Esmagador", por acaso, era o Rastiff/Guarda roupas que estava de guarda na cela de Eesha. Um monstro, que matou brutalmente cada um que ele enfrentou. Bem...eu entrei na Arena. Diferentemente das outras lutas, as vaias foram constantes...enquanto os aplausos, urros de apoio entre outras formas de se expressar foram direcionadas ao outro. O povo parecia quase aclama-lo como um "Rei" da arena. O melhor gladiador do Gran-Mestre.

Quando a Luta começou, ele já correu e avançou com as correntes dele. Nos primeiros golpes, consegui apartar com o escudo ou mesmo com a armadura, bom para mim...ruim para meus equipamentos.

Pois bem. Para mim, tudo parecia sob controle....espada flamejante em mãos, tentando atingi-lo e tudo mais, até que, ele soltou as correntes, e passou ao meu lado, levando consigo o braço que segurava a espada. Aos poucos ele foi torcendo o mesmo em minhas costas...E eu sem conseguir me soltar. A Dor apenas cresceu...até eu ouvir, e sentir, meu braço quebrar. Em uma última e desesperada tentativa de me soltar (Já que não consegui me soltar do golpe), utilizando o meu braço bom (que estava com o escudo preso), puxei a Presa de Thauglor de sua bainha, e empurrei a lâmina para trás, sem olhar mesmo. Sei que atingi ele, mas mesmo assim o maldito ainda demorou alguns segundos para me soltar. Assim que consegui, me afastei e fiquei novamente de frente para ele. Meu braço esquerdo estava quebrado, sangrando e doendo, muito. Mas se eu parasse ali, além de não conseguir ajudar, acabaria sendo morto.

Meu estilo de luta estava um tanto prejudicado sem meu braço esquerdo. O Direito que suportava o escudo, além de se manter mais pesado, havia uma certa dificuldade no movimento por causa do mesmo. De qualquer maneira, ele avançou. Por sorte, consegui esquivar e nessa, ainda consegui aplicar um corte bem dado no desgraçado. Mas ele pareceu nem se abalar. A luta se seguiu mais alguns momentos assim. Ele avançava aos socos (muito fortes e bem dados), e eu com os cortes. O Grande problema foi se mostrando esse...meu corpo aos poucos foi ficando mais pesado, e meu braço mais dolorido. Os ferimentos estavam piorando...e o sangue perdido estava fazendo falta.

Após mais alguns golpes, consegui fazer um belo estrago em um último golpe, levando meu oponente ao chão, de joelhos. Eu sabia que seria talvez, minha única chance de encerrar tudo aquilo, já que não importava quantos golpes eu aplicava...o maldito não caia.

Com ele no chão, avancei com a espada, penetrando a carne do mesmo, praticamente na direção do peito, atravessando ele com a lâmina da espada. Achei que aquilo seria suficiente....até que os braços dele, se seguraram contra o meu, torcendo-o devagar. Eu fui empurrando cada vez mais a espada, enquanto meu braço ia sendo girado....para minha infelicidade, minha visão começou a escurecer. Eu havia chego ao meu limite. Sabendo que apagaria em poucos momentos...apenas joguei meu corpo para frente, na esperança de que a espada o matasse....e então apaguei....

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