segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Siegfried, Arauto da Fênix


• Mudança de Música Tema: The Way Of The Warrior - Hammerfall




•Background Adicional:

O Primeiro despertar de Sieg, se deu no meio de uma área recoberta por grama. Não haviam muitas árvores. Ele se encontrava apenas jogado ao chão, com alguns ferimentos pelo corpo. Ainda vestia a armadura de um soldado Krozano (Armadura esta, que agora estavacompletamente amassada e chamuscada). Sua espada encontrava-se fincada no chão a cerca de 2 metros de onde o rapaz se encontrava.

O cavaleiro se sentou no chão tentando reconstruir o que havia acontecido, lembrando-se da explosão, dos demônios, da batalha, de tudo, o que incluía o seqüestro da Princesa mais uma vez. O rapaz logo se levantou, caminhando até a sua espada, que agora sabia que de fato, não era uma espada comum. Pegou-a em mãos e por alguns minutos a examinou.

Poucos momentos depois, colocou-a novamente em sua bainha e começou a caminhar. Não sabia onde estava, nem quanto tempo havia passado ou mesmo se seus companheiros haviam morrido, mas ele precisava achar a princesa. Era seu dever, sua missão.

Por algumas horas ele seguiu apenas caminhando, procurando uma estrada, ou pelo menos algum sinal de um vilarejo ou algo do gênero, e de fato o encontrou. Conforme foi adentrando o vilarejo, os moradores de lá ficaram levemente surpresos, afinal, para todos ele era um soldado Krozano. Conforme Sieg caminhou até o centro do pequeno vilarejo, foi abordado por um homem, de cerca de 45 anos. Este o saudou, dizendo que não esperava ver um soldado tão cedo.

Este senhor, apresentou-se como Benjamin, o “Prefeito” do vilarejo. E após essa apresentação, caminhou junto de Sieg para dentro de sua própria residência. Lá, o cavaleiro aproveitou para tentar conseguir o máximo de informação possível. Foi informado que se encontrava em um vilarejo pequeno, que ficava após o grande Rio que dividia Cormyr e Kroza.

Estavam a 10 dias de viagem (A Cavalo) de Cormyr. O Local em si, sobrevivia basicamente da negociação de seus produtos agrícolas com Cormyr, mas desde a queda da cidade, viram-se forçados e passar a negociar com Kroza, sob a ameaça de ter o vilarejo dizimado. Benjamin também havia sido informado, que o número de guardas em Kroza havia aumentado, mas que a cidade em si, sofria com a grande destruição causada após um ataque inimigo, que reduziu o castelo a ruínas, e danificou boa parte da cidade. Outros detalhes envolviam detalhes sobre a sobrevivência do Rei ao ataque, e um relato que havia sido emitido tanto por Kroza sobre a busca pelo Cavaleiro que deveria proteger a Princesa, mas foi acusado de ser o algoz da mesma, assassinando a mesma após o casamento por ciúmes, porém que os retratos sobre o cavaleiro ainda não haviam sido entregues, além do óbvio fato de que todos os verdadeiros Dragões Púrpuras haviam sido mortos durante o combate.

Sieg se sentiu ultrajado, mas preferiu não exibir isso, para não levantar suspeitas. Era o último Dragão púrpura, e com Bamberg ainda sitiada, porém aos poucos demonstrando sinais de uma posível rendição, ele não poderia procurar por auxílio, se é que eles lhe dariam, afinal, não havia como se saber se eles haviam acreditado nas mentiras liberadas por Kroza. Sieg agradeceu a Benjamin, e saiu da residência do mesmo. Optou por comprar alguns suprimentos e dirigir-se ao clérigo da cidade para curar seus ferimentos, seguindo em seguida, em direção a Cormyr, ele queria ver com os próprios olhos o que havia acontecido ao local.

Partiu na manhã seguinte da cidade, rumando em direção a Antiga e Grandiosa Cormyr, e seguiu viagem por 20 dias. Dormia menos do que seria necessário, mantendo-se sempre alerta, além de acampar ligeiramente distante da estrada. Não pretendia encontrar soldados, agora que era procurado novamente.

Após 10 dias, o cavaleiro novamente chegava as muralhas da cidade caída. Caminhou lentamente para dentro da mesma, ligeiramente descrente da cena que via. No fundo, ele sabia que seria assim, mas imaginação não é a mesma coisa que realidade. Casas estavam ruídas, e ainda haviam corpos em avançado sinal de putrefação pelo local apesar da maioria já ter se tornado ligeiros esqueletos, ou apenas corpos com um mínimo de pele, vitimadas tanto pelos Corvos, urubus, ou outros animais que se alimentavam da carne morta.

O Túmulo gigantesco que Cormyr ainda demonstrava ser, mantinha um silêncio fúnebre. Não haviam Orcs, Saqueadores, Ladrões, sobreviventes...nada. Lentamente o cavaleiro passou caminhando, pelas antes movimentadas alamedas, em direção ao castelo. Reconstruía em sua mente a glória da cidade, seguida pelos momentos que passou durante o ataque feita pelo inimigo, até atingir os portões do castelo. Ali, haviam corpos de Orcs, flechas e tudo mais. Sinais dos saques efetuados a cidade.

O rapaz seguiu até o local onde os Dragões se concentravam, dentro do castelo. O Símbolo da outrora elite de combate do reino, estava destruído. Cadeiras quebradas e mais corpos aqui e ali, vestindo as anteriormente brilhantes armaduras. Sieg sentou-se em um dos poucos bancos não quebrados, refletindo em silêncio, a queda astronômica de seu reino, por influência demoníaca, rancor e puro sentimento de vingança do Rei Krozano. Rezou ali, para Luna e Athos.

Na noite daquele dia, Sieg dirigiu-se até seus antigos aposentos. A cama permanecia ali, mas gavetas e armário totalmente revirados. Roupas haviam sido deixadas, mas todo o resto levado. O Cavaleiro então, deixou a armadura Krozana jogada em um canto do próprio local, e tratou de fechar e bloquear as entradas da “central” dos Dragões Púrpuras, além de seu próprio quarto, e ali dormiu. Ou ao menos tentou...

Na manhã seguinte, dirigiu-se até o salão onde tivera a última reunião com os dragões, liderados por Baldur. Na mesa, ainda existia o antigo mapa utilizado para explicar as missões e localidades. Sieg observou o mapa por vários momentos, traçando mentalmente o que deveria fazer, agora que não tinha planos...e sim apenas um objetivo. Era hora de deixar os sentimentos de lado, e utilizar da mente, da estratégia. Entrar em Kroza seria suicídio, alem de não se saber se o “macaco Demônio” tinha mantido a princesa dentro da cidade.

Primeiro, deveria ocultar sua identidade. Deveria caminhar pelo mundo, não como um Dragão Púrpura, mas como algo mais. E em seguida, conseguir informações, sobre o que estava acontecendo em geral, sobre seus inimigos, e acima de tudo, como derrota-los.

Foi então que uma lembrança surgiu em sua cabeça. Sieg levantou-se e caminhou até o “Salão dos Heróis”, onde todos os Dragões Púrpuras que fizeram história e morreram são homenageados, uma versão bem mais simples da Morada dos Imortais. As estátuas ali estavam quase que completamente destruídas, tirando algumas poucas que estavam apenas danificadas. Sieg caminhou até uma em particular. A estátua estava parcialmente destruída, mas havia uma placa aos pés da mesma. Nela estava escrito o nome de seu pai.

O cavaleiro observou a estátua por vários momentos, e então passou ao lado da mesma. Atrás da estátua, em sua base, havia um pequeno botão oculto. Botão este, que Sieg sempre soube da existência, porém nunca o utilizou anteriormente, proibido por Baldur.

“Não precione isso. Somente nós sabemos desse pequeno botão, que só deve ser utilizado na pior das situações. É uma herança de seu pai, e somente por você deverá ser utilizada. Essas foram as condições dele.”

Sempre era a mesma frase. Nem mesmo com a princesa, o cavaleiro havia precionado o botão. Mas agora, era a pior das situações. Ele precisaria utilizar tudo que tivesse, esconder sua identidade, preservar o legado dos dragões e restaurar Cormyr. Havia prometido que faria isso, e de fato, faria. E com esse pensamento, ele precionou o botão.

Logo em seguida, a parede atrás da estátua se moveu, revelando uma pequena passagem. Sieg pegou uma das tochas e seguiu por ela. Era um corredor longo, inclinado. Ia descendo cada vez mais, uma câmara embaixo do local. No fim do corredor, havia uma porta de madeira, que não parecia estar trancada. O rapaz a empurrou.A sala atrás da porta, possuía bandeiras de Cormyr, e o Emblema dos Dragões pelas paredes. No centro um pedestal com uma armadura. A Armadura de Romeo, o Pai de Sieg. A Armadura entretanto, era diferente da de todos os outros Dragões.

Tratava-se de uma armadura de batalha. Tinha tonalidade cinza, um pouco mais escura que o normal, e mesmo parecendo que estava ali a anos, o brilho dela não havia se apagado. A mesma ainda contava com diversos detalhes feitos em dourado, o que incluía uma “ave” com suas asas abertas no peito da mesma, e logo aos pés da ave, em tonalidade roxa, estava o escudo de Cormyr. Junto da armadura, havia um pequeno armário.

Neste armário, havia uma manto em tonalidade marrom avermelhado, com alguns bordados detalhando as bordas em branco, juntamente de um Escudo Grande de Metal, também com aquela mesma tonalidade cinza escuro, porém este tinha detalhes dourados e alguns azuis mais pro centro. Pelas bordas, haviam escrituras em Élfico que relatavam a vontade de ferro dos Dragões Púrpuras além de exaltar que aquele escudo também representava o papel que eles tinham para a Sociedade, tanto os cidadões de Cormyr como para o mundo em si.

Tudo havia sido usado por seu pai durante a primeira guerra, e tudo havia sido recuperado e reformado para o uso de Sieg, conforme Romeo havia solicitado antes de morrer. Arma e armadura, tudo herança para seu filho. Era como se Romeo houvesse imaginado o futuro, e queria deixar seu filho o melhor equipado possível....fosse o que fosse, ali estava. O rapaz fitou por demorados momentos a ave no peito da armadura, e lembrou-se da frase dita por seu pai uma vez.

O Espírito de Cormyr, é como uma fênix. O corpo pode ser reduzido a pedaços, mas a vontade, o espírto e a força de Cormyr, sempre renascerão das Cinzas. A missão dos Dragões, não é apenas a proteção da família real, ou do povo de Cormyr. É a função de ser guardião do espírito, carrega-lo e garantir que o reino em si, como um todo, jamais seja esquecido ou destruído. Aconteça o que acontecer.”

E essa era agora a função de Siegfried Benethil. Herdar a função e herança de seu pai, e a responsabilidade de todos os Cavaleiros que haviam morrido. Grande responsabilidade, adicionada ao grande sentimento nutrido pela Princesa. Não era hora para ficar se lamentando, e sim, era hora de agir. O rapaz por sua vez,trajou a armadura anteriormente utilizada por seu pai, e prendeu o escudo do mesmo nas costas, e vestiu o manto, cobrindo a armadura e o escudo em si. A Presa de Thauglor, sua espada, ficou presa a sua cintura, como sempre havia ficado, e ficaria.

Em seguida, saiu do local,dirigindo-se até a sala de reuniões dos Dragões Púrpuras. Lá, recolheu o Mapa e guardou-o consigo, saindo em seguida do local, e conseqüentemente do castelo. Antes que passasse pelo salão Principal e saísse do castelo, Sieg ouviu 3 vozes se aproximando.

Surpreso, o mesmo se escorou atrás de um dos pilares do salão, pronto para puxar sua espada e atacar as pessoas, fitou-as de cima abaixo, e em seguida guardou novamente a espada.

Aquelas 4 pessoas, vestiam roupas diferentes, porém todas tinham uma coisa em comum. Traziam o emblema de Bamberg, e os 3 faziam parte do passado do rapaz. Sieg havia conhecido-os durante os treinos para Dragões Púrpura, porém os garotos haviam acabado por desistir da “profissão” e seguiram para caminhos distintos. Eram eles:

• Lucian – Batedor

• Belthazar – Mago
• Evangeline – Sacerdotiza de Luna

Os 3 conversavam animadamente. Reclamando do que havia acontecido a Bamberg, e reclamando de Kroza como um todo. Foi quando essa conversa se encerrou. Naquele momento, Sieg saiu de trás do pilar, saudando os 3. Em surpresa, eles puxaram suas armas, mas logo reconheceram naquele rosto o antigo amigo.

Os 4 se reuniram, se apresentando novamente e tudo mais. Resolveram ficar ali, no pátio do castelo para conversar sobre o que havia ocorrido até o momento. Diziam eles, que Bamberg havia se rendido a Kroza. Isso gerou automaticamente, uma caçada aos clérigos de todas as entidades, motivo esse de Evangeline ter que sair rapidamente de lá. Belthazar e Lucian saíram da cidade, pois não queriam seguir o comando dos Krozanos, aos quais tratavam como inimigos. Também comentaram sobre a “ordem de Busca e captura” contra Sieg pelo assasinato da Princesa. Ordem a qual foi emitida para todo o mundo, e muitos acreditavam nela, por não conhecer o cavaleiro. Haviam entretanto, alguns poucos que duvidariam que alguém com o sobrenome dos Benethil cometesse tal atrocidade.


Foi quando o cavaleiro contou a eles, tudo que havia acontecido, desde o primeiro ataque até o dia atual. O pequeno grupo acreditou nas palavras do cavaleiro, sabiam como ele havia sido criado, e que não havia como ser mentira.

E naquele momento, começaram a debater, que o melhor método a se fazer, seria começar o que talvez já tivesse tido inicio em outros lugares. Um movimento de Resistência. Um grupo a unir os que ainda acreditavam em Cormyr, contra a tirania imposta. Ali decidiram, que seria o início de um grupo. De um movimento. Daqueles que dali em diante seriam conhecidos como “Arautos da Fênix”.

Entretanto, havia o grande problema que era a recompensa de 20.000 PO pela cabeça de Sieg. Por mais que ele fosse inocente, dentro dos novos domínios Krozanos, ele seria caçado por qualquer um, e fora, ainda existiram os melhores assassinos e caçadores de recompensa do continente que o caçariam. Por este motivo, Sieg não os seguiria durante as missões. Ele seguiria em paralelo a criação dos Arautos, oculto por um pseudônimo (Raphael Markosias), enquanto faria sua própria jornada, sem arriscar em nada a Resistência.

Com isso, o pequeno grupo recolheu os materiais ainda “utilizáveis”, mapas e derivados das ruínas e partiram, cada grupo em uma direção. Salvariam os clérigos que seriam caçados, os revoltados com o governo tirânico e aqueles que ainda tivessem vontade de lutar pela justiça verdadeira.

Sieg por sua vez, seguiu com Lucian para o norte, em direção aos “Salões da Justiça”, para se encontrar com os Justiciares. Depois de algumas semanas de viagem, o objetivo logo se revelou a frente deles. A maioria dos presentes não fazia idéia do que aquele cavaleiro fazia naquele local, e apenas 1 deles entendeu, quando Sieg se apresentou e solicitou falar diretamente com o “líder” dos Justiciares. O Oficial de mais alta patente presente naquele momento logo o atendeu, e para sua surpresa, tratava-se do mesmo Marechal que ele havia encontrado durante sua estada na Morada dos Imortais.

Durante o encontro relativamente tenso com o Marechal, Sieg relatou tudo que havia acontecido, desde o primeiro momento da guerra, até a explosão do castelo de Kroza. Mesmo os planos dos Arautos para resgatar os clérigos e outros “caçados” pelos soldados do rei. De um certo modo, o Marechal não se surpreendeu. Mas recomendou que o rapaz ficasse cauteloso, já que por aquela recompensa qualquer um poderia entregá-lo. Porém, que ajudaria a difundir o boato sobre a morte de todo o grupo durante a explosão no castelo. Isso por mais difícil que fosse, quem sabe ajudaria a despistar alguns dos caçadores.

Sieg passou 6 meses junto dos Justiciares, pesquisando o que eles sabiam, treinando, e tentando descobrir mais e mais coisas sobre Kroza e Orcus. Um jeito de solucionar todo aquele pesadelo que havia se instaurado no continente. Tentava pensar em planos para recuperar Cormyr, e tentar fazer o mundo voltar a ser o que era...

Durante as pesquisas, Sieg acabou encontrando relatos de uma fortaleza que pertencia a um reinado bem, bem antigo. Os relatos deixavam bem claro que a fortaleza hoje estava bem ruída e danificada, não tinha uma grande defesa, mas o local era amplo o suficiente para suprir as necessidades de algum grande grupo...como era o caso naquele momento. Um centro para se alocar a resistência, além de suas localidades nas cidades. Claro que, Sieg jamais poderia aparecer lá enquanto ainda houvessem pessoas correndo atrás dele.

Com este material em mãos, o Cavaleiro e o Batedor saíram em direção a localidade da suposta fortaleza. Ficava a poucos dias ao sul de Nextar, bem ao norte do continente. Fariam rápidas paradas ao longo do trajeto em vilarejos e pequenas cidades apenas para abastecer-se de suprimentos e seguir viagem.


Ao chegarem no local marcado no mapa, acabaram descobrindo que as ruínas estavam em um estado pior do que imaginavam. O que um dia havia sido a fortaleza, estava agora reduzido a algumas pilhas de tijolos aqui e ali. As muralhas de um dia, se estendiam em torno do local onde deveria haver as estruturas da fortaleza, mas em um estado lamentável. Apesar de tudo isso, o espaço interno continha pequenas estradas ainda meio arruinadas e muitos escombros.
Apesar do estado, seria possível montar algumas barracas por ali, ou mesmo começar processos de reparos, mesmo que apenas dos muros ou utilizando de madeira. Então, Lucian enviou para os outros 2 “fundadores” a posição das ruínas, para que os sobreviventes fossem removidos de dentro de Kroza e alocados em um lugar “seguro” fora das mãos de seus inimigos e mais afastados do front. Entretanto, para Sieg continuaria sendo um local nada seguro. Apenas instruiu Lucian a passar os comandos para a outra dupla, e sairiam dali.

Nos 3 anos seguintes, Sieg caminhou entre as cidades, com o máximo de cuidado. Ia tentando juntar os exércitos do norte contra a ameaça Krozana. Juntar Minoria, Stanford, Prost...fossem quem fossem, desde que se unissem. Seria a única maneira de sobreviver a ameaça. Fazia questão de falar com Reis, prefeitos ou quem fosse em comando, para explicar que a ameaça era muito maior do que parecia. E muitas vezes acabava saindo como se não tivesse tido êxito algum.

Pois ninguém ainda se pronunciava sobre tal ato. E com o passar do tempo, o Rei Krozano se anunciava como único Deus Regente, e que todas as outras religiões eram proibidas em seu reinado. Tudo isso era ainda mais pretexto de tentar a unificação dos reinos, coisa que Sieg não parecia ter muito êxito.

Sieg também aproveitou para tentar mudar um pouco suas aparências. Deixou o cabelo crescer moderadamente, além de mudar parcialmente a cor de parte de seus cabelos para o preto. Não era um disfarce tão efetivo, mas já era algo. A Resistência continuava ativa, crescendo, e nunca sabendo que havia um outro fundador, escondido nas sombras, e auxiliando no comando aos poucos.

Nos últimos anos antes da data atual, Sieg também seguiu para Prost tentando avidamente fazer o Rei se envolver na guerra. As alegações eram várias, e a Guerra entre Kroza e Stanford era uma delas. Se Stanford caísse, Prost seria devastada e não haveria força suficiente no resto do continente para tentar reagir. Mesmo parecendo ter um leve avanço nessas negociações, Sieg acabou saindo do castelo sem nenhuma confirmação. E foi na saída, quando conseguiu uma importante informação.

Um Grande guerreiro, um bárbaro, chamou pelo cavaleiro. Dizia ele, que em sua aldeia, Yzark, uma vez houve um Grande Herói, que ajudou a salvar várias e várias vezes o povo do Norte. Herói esse, que viajava de anos em anos para um lugar no extremo sul, para se unir com um grupo de outros heróis. O Lendário Bárbaro Garruk, O Portador de Ragnarok.

O Bárbaro informou que graças aos Carnificina, já não era fácil encontrar o Grande Bárbaro, porém, o mesmo sempre havia falado que em sua primeira vez no “grupo” como ele chamou, houve um velho barbado que conhecia muito da tal magia, um tal de...Arcnãoseioque.

Sieg lembrou então do velho mago de Nextar, Arcanus. Ele agradeceu ao bárbaro e partiu com Lucian para a Torre dos magos. Após um demorado debate com Arcanus, o mesmo informou o nome dos integrantes do Conclave. Porém, que depois da “vitória” de Orcus em Kroza, o conclave havia se desfeito e seus membros se espalharam pelo continente.

Naquela hora, Sieg solicitou que Lucian enviasse uma mensagem com os nomes para os Arautos, tentando encontrar alguma pista para dar início a sua nova jornada. Buscar pelos membros do Conclave, pois a ajuda deles seria de fato, gigantesca para a resistência, e para tentar salvar o continente do futuro nas mãos de Orcus. E acima de tudo, com isso, encontrar a Princesa Mia, Por um fim a Guerra e Finalmente, Re-erguer Cormyr.

Lauzen, Protetor da Fé

• Mudança na Música Tema: Himmel & Hölle - E Nomine




•Background Adicional:

... e com o impacto o barco voador em que estávamos foi lançado ao ar com tanta força que começou a despedaçar as partes, e em poucos minutos estava desacordado e o última e única vontade e pensamento eram o de permanecer vivo, e assim veio o escuro, e a lucidez sendo levada. Desacordado.

Acordei num quarto meio escuro, parecia que chovia ou estava ainda sonhando, e que sonho estranho foi aquele, demônio possuindo o Eesha, meu pai virando um anjo caindo, estava desnorteado com aquele sonho estranho. Abro um pouco mais os olhos e tento me virar. Tudo dói. Tudo extremamente todas as partes do corpo. Quando ouço passos, atrás de uma porta normal. Procuro minhas armas e não as encontro perto, olho pelo cômodo, vejo meus pertences, arrumados no canto oposto do quarto. Tento levantar rápido e pegar uma das armas, uma das pernas estrala e... DOR. Não consigo seguir caminho e caiu no caminho. A porta de abre e rapidamente uma pessoa rapidamente corre em minha direção, e me ajudando a me colocar na cama diz:

- Você ainda está muito fraco e seus ferimentos ainda estão preocupantes. Precisa descansar e só isso. Não seja teimoso e fiquei deitado nessa cama que eu cuidarei de você.

Era uma voz doce, calma e tranquila. Uma mulher bonita, olhos azuis e cabelos loiros. Não precisa me defender dela. Tentei perguntar algo, mas a voz não saia, devido a dor, novamente desmaiei.

Acordei novamente, pensando no que havia acontecido, estava ainda no mesmo quarto, mas parecia que havia parado de chover. Olho em volta, novamente sozinho, meu corpo não está mais dolorido como antes. Não sei há quanto tempo estou deitado aqui, não sei quanto tempo se passou desde a última vez que acordei, só sei que nada do que eu aconteceu foi sonho. Tudo realmente aconteceu e eu preciso sair dali. Tento sentar na cama com cuidado, sinto meu corpo estremecer um pouco, pontos de dor aqui e ali. Uso o poder divino de cura pelas mãos para melhorar a situação dos ferimentos e poder me mexer com mais facilidade. Levanto-me e consigo ir até minhas coisas, pego o escudo e a maça, o livro ainda estava preso atrás do escudo.

A armadura estava irreconhecível, totalmente amassada, e perguntas vieram a mente, onde estou? Como vim parar aqui? O que aconteceu? Quanto tempo estou aqui? E uma pessoa poderia me responder. Deixo o escudo no chão e abro a porta com a mão esquerda enquanto seguro a maça com a direita. Vejo uma moça preparando algo no fogo. Com a abertura da porta, sua atenção foi chamada e ao me ver exclamou: - Ahh finalmente acordou!. Estava ficando preocupada, você não acordava nunca, como está? Venha, sente-se que a sopa já está saindo.

- Obrigado, mas quem é você? E porque está cuidando de um estranho? – Questionou Lauzen.
- Ahh mil desculpas Principe Lauzen, sou Laura, e eu não estou cuidando de um estranho
. - abaixando um pouco a cabeça e lhe servindo um pouco de sopa – Agora se alimente um pouco, você ficou um bom tempo se comer nada. Apenas liquido era lhe dado.- Disse Laura.

Surpreso pelo tratamento Lauzen questiona:

- Mas, como você me conhece? Quanto tempo estou aqui?

- Está para completar um ciclo lunar está noite, deve ter passado uns 30 dias. Sim, Príncipe Lauzen. O conheci quando ainda era criança, numa noite chuvosa, alguns garotos que moravam na nossa rua te seguiram a noite, e eles começaram a te bater. Eu estava vendo tudo de minha casa, briguei para os meus pais irem te ajudar, mas eles se recusaram. Queria ter ido sozinha, mas eles me prenderam em meu quarto e fiquei ali, rezando para Luna lhe salvar. Luna está comigo desde sempre e nunca irei deixar de acreditar Nela. Desde que anunciaram a sua morte, eu rezei, rezava todos os dias e de alguma forma sabia que tudo estava bem.

- 30 DIAS????? E o que aconteceu a Kroza? O que aconteceu ao Rei? Ao Reino? As pessoas? – Perguntou preocupado Lauzen.

- Vou lhe contar o que aconteceu nesses tempos, mas promete que irá se alimentar com calma. – Disse Laura.

- Eu prometo.

- No dia do casamento da princesa de Cormyr com o Rei Lamnet, já a noite, um grupo de mercenários invadiu o castelo e pelo ar um navio de pirata voador, poucos minutos depois todos viram dois seres com asas sobrevoando o céu e enfim veio aquele barulho e fumaça. Lhe encontrei poucas horas depois, próximo daqui, estava muito mal e cheguei a pensar que não iria resistir a tantos ferimentos. Nesse tempo, chegam noticias enviadas pelo rei sobre que aconteceu naquela noite. Não sei se é tudo verdade, já que também tinha sido informado que você havia morrido. Mas enfim, foi informado que um guerreiro chamado Siegfried contratou os mercenários e piratas para raptar a princesa e como não consegui fugir com ela, ele mesmo assassinou a princesa e depois da "explosão" nada se sabe dele. A ordem atual do rei é encontra-lo e puni-lo pelo acontecido, e a pena é a morte.

Apenas ouvia atentamente o que Laura dizia, pensando comigo que não seria bom que eles soubessem o que realmente aconteceu, pelo menos não agora.

E Laura continuou: - Logo depois de toda aquela bagunça, o povo ficou extremamente alvoroçado como a muitos anos não víamos, foi passado um outro comunico falando sobre seres alados, solar, ou algo do tipo, no qual eu não dei muita atenção. Olha Lauzen, me desculpa pelo que eu vou lhe falar, mas eu não acredito em nada do que falaram até agora, sempre fomos deixados de lado, nunca recebemos ajuda do reino e ainda sim querem que confiemos neles e que acreditemos no nas histórias que passam. Ufa... é isso que aconteceu.

Ouvi tudo atentamente, aproveitando a deliciosa sopa que Laura havia preparado.

- Laura, eu fiquei dormindo por todos esses dias? – Questionei.

- Na verdade não, estranhamente você acordava de tempos em tempos, mas nunca falou nada, nunca tentou levantar, apenas acordava e nesse momento eu lhe servia algo mais consistente para comer, acho que era algum sinal para eu não parar de cuidar de você. – Disse Laura.

- Você não encontrou mais ninguém perto de mim? – Perguntei preocupado.

- Não, só havia você. Fiquei realmente preocupada. O Senhor se lembra de algo? – Perguntou Laura curiosa.

- Na verdade não muita coisa, mas, por favor, chame-me apenas de Lauzen. E irá me desculpar, quanto menos você souber sobre o que aconteceu, melhor será para você e ficará a salva.

E assim fiquei mais alguns dias junto com Laura. Ajudando a com as tarefas e sendo agraciado de um tempo de tranquilidade. Passaram-se 10 dias e não poderia mais tardar minha partida. Expliquei a Laura que haviam respostas a serem respondidas e aquele não era o lugar correto.
Despedi-me de Laura e pedi para ela se cuidar e nunca desistir, sempre acreditar em Luna que a proteção virá.

Passei no comercio local, comprei rações de viagem, uma mochila nova, Cantil para uma longa viagem. Depois de abastecer, parti para o norte, rumo ao Salão da Justiça. Foram 17 de viagens até chegar aos salões. Como o tumulto em Kroza ainda era recente não tive muitas dificuldades na viagem. Pedi um lugar para repousar durante o dia e noite. No dia seguinte questionei sobre sábios e bibliotecas no lugar para procurar respostas para as perguntas que surgiram em Kroza. Passei bastante tempo no local, não sei exatamente quanto tempo. Mas bastante, acredito que em torno de 3 meses procurando em vários livros e perguntei para várias pessoas, e a resposta é quase sempre a mesma. "NÃO SEI LHE DIZER, TALVEZ EM STANFORT". Depois que tanto tempo procurando, resolvi seguir até Stanfort. Juntei minhas coisas, abasteci os mantimentos e segui rumo a grande cidade.

A viagem durou em torno de 24 dias. Chegando em Stanfort, procurei um templo de Luna para descansar o espirito e um lugar para descansar da viagem.

No dia seguinte, perguntei aos clérigos de Luna sobre alterações de forma e crescimento de asas em humanos, e me falaram sobre magias de transmutação que altera o corpo conforme a vontade do conjurador, mas esse tipo de transmutação não lhe dá toda a força da criatura equivalente, apenas certas habilidades. Foi me dito que nunca viram ninguém que ganhou todas as características e habilidades da criatura. Logo já descarto essa possibilidade.

Nesse templo, me foi explicado sobre possessão de corpos de humanos e tudo que é referente.
Acredito que meu pai, Lamnet, foi possuído e de alguma forma não está em controle sobre o corpo, mas são apenas crenças e eu preciso realmente descobrir o que aconteceu para desfazer toda a desgraça.

Fiquei por um longe tempo em Stanfort, tanto tempo que perdi a conta exata dos dias. Acredito que fiquei em torno de 5 meses na cidade. Em Stanford me falaram do templo de Luna que fica dentro da floresta da noite densa, o lugar onde a última paladina de Luna foi vista. E em poucos dias parti novamente em viagem. A viagem foi longa, pouco mais de 30 dias. Pois foi até os salões da justiça para abastecer água e comida. Encontrei dessa vez, grupo de pessoas viajando com várias bagagens e mantimentos, pessoas que diziam que procuravam um lugar pacífico para morar, que não aguentavam mais a guerra que continuava. Queria um lugar livre para viver em paz e tranquilidade, e assim caminhavam para o norte com essa esperança.

Uma noticia, pois aquelas pessoas eram de Bamberg, a única cidade que ainda estava forte na batalha contra Kroza. Continuei meu caminho e mais ao longe, vejo um grupo de soldados de Kroza, pela postura e preocupação, parecem que estão procurando alguém. Talvez Ziegfrig ou não. Infelizmente meu caminho cruzava com o caminho deles, e ao chegar perto, senti que não havia maldade e em seus olhos preocupação e receio. Alguns deles estavam machucados, outros com medo. Havia 5 soldados, 3 machucados, tinham sido acertado por uma espada, pelos cortes, possivelmente uma espada longa, mas havia mais cortes por toda armadura, escudo e carne.

- Alto lá. Quem é você e o que faz por essas terras? – Perguntou o soldado que possivelmente estava no comando.

- Sou um guerreiro de Luna soldado de Kroza, estou indo para um dos templos de Luna mais ao sul daqui, e se me permite perguntar, o que aconteceu com seus homens? Precisa de ajuda com os ferimentos? Tenho kit para melhorar essas feridas. – Ofereci ajuda por não sentir maldade em nenhum deles, mas sentia medo. Se fossem maldosos, não estaria tão encrencado, já que estavam machucados, mas ofereci ajuda, afinal precisa obter informações de Kroza e o que havia acontecido com eles.

- Estamos bem guerreiro de Luna. – Disse o soldado mais a frente, seu nome era Roberto.

- Claro que não estamos bem, olha para esses 3 Roberto, quase não conseguem andar, foi sorte termos conseguido fugir daquela maldição nessa situação. Se puder nos ajudar nobre guerreiro, ficaremos muito gratos e lhe ficaremos te devendo nossas vidas. – Disse o segundo soldado sem machucados, que era chamado de Fredy.

Retirei os kits de socorros e comecei a ajudar com os feridos.
- Mas o que lhes aconteceu soldados?

- Foi um ser, não uma maldição, não sei o que pensar, alguma coisa nos atacou na entrada da floresta. Estávamos com um grupo de 8 soldados quando fomos atacados, não lembro de ter mais que um nos atacando, mas foi terrível. Disse Fredy.

- Mas como assim, um ser? Uma única pessoa fez isso com vocês? – Perguntei.

- Não era um ser comum não, era alguma coisa amaldiçoada pela floresta. – Falou o soldado Ferris. Esse estava muito machucado.

Todos eles estavam nitidamente amedrontados, principalmente quando falavam sobre o acontecido.

- Mas e os demais soldados? E como esse ser era? Vocês se lembram de algo sobre sua forma? – Questionei novamente.

- Nos dividimos quando a criatura nos atacou e vimos que não conseguiríamos vence-lo. Corremos cada grupo por um lado. Acredito que nós tivemos a sorte de não sermos seguidos. Agora o outro grupo... MERDA....... acho que eles não conseguiram. – Falou meio nervoso Ferris.

- Ele era da altura de um humano, muito ágil e preciso, sabia exatamente o que estava fazendo. Ele tinha olhos vermelhos, pele meio escura, mas pode ter sido impressão por causa da escuridão da floresta. Ele nos atacou com duas espadas, uma longa e outra mais curta. – Disse Roberto.

- A cada corte com sua espada, eu me sentia mais fraco, aquelas lâminas estavam amaldiçoadas também. – Disse Cortes, o soldado mais machucado.
Eles estavam mesmo assustados com o ocorrido.

- Me digam, onde vocês encontraram essa criatura? – Perguntei preocupado.

- Não, não vai atrás dele, você irá morrer, ele irá te matar, como queria fazer conosco, queria comer nossa carne, comer nossos cérebros.. Não vá por ali, não vá. – nitidamente transtornado disso o soldado Jonathas.

Quando Jonathas apontou em direção suldoeste, vimos alguém se aproximando. Usava uma capa branca, carregava uma espada embainhada na mão direita e na esquerda uma mochila. Aparentando ser um peregrino.

Levantei-me, fiquei entre o peregrino e os soldados.

- Boa tarde viajante, como está indo a viagem? – Perguntei ao peregrino.

- Muito Boa nobre guerreiro de Luna. Hoje o dia está mesmo cheio de surpresas. – Falou o peregrino olhando Lauzen de cima em baixo e depois os soldados.
Estranhei a forma como ele falou, mas não senti maldade.

- Está indo para onde? – Perguntei ao peregrino.

- Para lugar nenhum guerreiro da Lua. Eu viajo por essas regiões por gosto e por promessa. E esses soldados aí de Kroza aí? Fiquei sabendo que estão novamente fazendo guerras e dominando cidades. – Disse o peregrino.

Virei para os soldados e perguntei:

- É verdade o que esse viajante está dizendo?

- Em partes – Disse Roberto – o Rei nos deu ordens de caçar o traidor, guerreiro que matou a princesa, e há pouco tempo começou novamente a atacar Bamberg. A essas alturas já deve ter tomado a cidade. Nós só obedecemos às ordens que nos são dadas.

- E é seguindo essas ordens que pessoas inocentes morrer, pessoas de outros povos, outras raças. Esse rei que vocês seguem é um insano, e vocês mais insanos ainda. Todos que seguem esse rei devem começar a vida em outro plano. Mas hoje vocês estão com sorte. Estão com um guerreiro honrado de Luna com vocês, então pouparei suas vidas miseráveis de marionetes. – Falou o peregrino, alterando a cor dos olhos para vermelho, e voltando a cor normal, castanho escuro.

Virei para o peregrino com a mão sobre minha arma, e o peregrino exclamou:

- Não é preciso filho de Luna, não irei fazer nada de mal para nenhum de vocês, mas se esses soldados tentaram novamente invadir a floresta, ou cruzar meu caminho novamente, não terei piedade. Agora se quiser me seguir, posso te levar aonde desejar ir.

Os soldados todos estremeceram quando o viram, e ainda mais por saber que se passava de apenas um, um HUMANO?...não, não é possível que seja um humano, a floresta deve ter o amaldiçoado e tornado ele um não humano, alguma criatura da natureza. Bom, é isso que eles acham.

Fiquei intrigado, com tudo aqui. Não poderia acreditar no que estava acontecendo. Mas qual a opção que tinha? vasculhar a floresta até achar o local onde o templo ficava? Poderia morrer antes de achar.

Deixei o kit de socorro com os soldados e falei:

- Cuidem-se, se quiserem proteção, poderão encontrar nas cidades a norte daqui. Mas tirem essas armaduras, elas estão amaldiçoadas.

Segui com o peregrino até a floresta. No inicio da caminhada fomos os dois calados, até que perguntei:

- Como é seu nome protetor da floresta?
- Laeir. – Disse.
- Prazer, sou Lauzen.
- Eu sei muito bem quem és, só espero que não me atrapalhe.
- Atrapalharia como? – Perguntei.
- Não fique na minha frente quando estiver caçando soldados Krozanos.
- E por que eu ficaria?
- Por causa que é o seu reino por direito. Só estou lhe ajudando porque você já esteve na cidade élfica, e o grande sábio lhe ajudara.
- Fico grato. Mas por que está caçando os soldados?
- Olha aqui, se ficar fazendo um monte de perguntas sobre minha vida, eu lhe deixo aqui mesmo, e saiu andando. Estamos entendidos? Não quero conversar, pelo menos não por enquanto.
Apenas concordei com Laeir. Algo aconteceu com ele, algo trágico, e ele ainda não está preparado para lidar com isso. Tudo ao seu tempo.

Chegando aos limites da floresta, Laeir assovia e um lobo rapidamente aparece. Parece que Laeir fala alguma coisa para o lobo, olha para mim e fala:

- Ele irá te levar até o templo. Siga-o. Durante a noite ele irá parar para você poder descansar. Não se preocupe que a floresta agora está segura.

- Agradeço sua ajuda, se algum dia quiser conversar, ou precisar de ajuda. Conte comigo. – Agradeci Laeir.

- Não irá precisar, esse dia só chegará quando eu não estiver mais aqui. Agora vá.
Quinze dias andando pela floresta, chegamos até o templo de Luna. Ao me deixar ao gigantesco templo, o lobo partiu.

Este é sem dúvidas o maior templo de Luna que já vi. Um lugar extremamente grande...

Eesha, Penitente de Prometheus

• Background Adicional:

Após ser apagado pelo ataque de Siegfried, Eesha acorda aos pés de uma cordilheira, que ele acredita ser de Minoria, no reino de Tizar. Por meses ele ficou lá se lamentando pelo ocorrido, pedindo desculpas a Prometheus e orando pelo mesmo, sem se importar com as criaturas que as vezes vinham observar o que fazia, que nada mais era que caminhar cabisbaixo, meditar, e treinar caçando alguns animais para comer.

Mais alguns meses se passam até que ele se familiariza com os anões, que depois de adquirir confiança após a realização de alguns "testes", para ver se eu era alguma ameaça a eles ou não.

Como Eesha não é conhecedor da cultura deles, apenas da língua, ele treinava com os mais novos, já que ele não é combatente corpo a corpo para lutar com os mais bem treinados. Nas horas vagas, ficava com os artesãos, que o ajudaram a fazer uma estátua de Prometheus, e a colocou numa das cavernas não utilizadas pelos moradores de Minoria, e a fez de "templo" para a divindade, já que ele não sabia que os “coveiros” eram seguidores da mesma divindade, não sabia se já tinha algum templo pra orar.

Todos os dias, essa era a rotina, orar pela manhã, treinar com os jovens, almoçar, ficar com os artesões, descansar, jantar, meditar e orar antes de dormir, não comedia mais furtos, queria se redimir com Prometheus pelo que fez, havia mais assuntos em sua cabeça que ele jamais imaginara, ele está com poderes novos, e estão se desenvolvendo.

Kroza continuava os ataques em vão para aquele território, que era bem guardado pelos anões e pelos outros moradores do reino.

As vezes se perguntava como estavam os outros, o que houve depois que ele apagou, mas nunca soube deles novamente, sente falta de sair, mas não se sente seguro... Nunca conseguiu realmente ser auto-suficiente.

O tempo passou, e o tédio veio junto com a vontade de sair de la, e nessa, rumou para o norte. Ragnos sempre dizia de Tempest e depois de conversar com os anões, Eesha ruma para o reino de outra divindade, mas sempre orando pro Prometheus, ainda na esperança de se redimir.

A viagem é longa, no mínimo 44 dias, passando por Nextar e Chamus, e Eesha encara como penitência pelo erro cometido, que acarretou em toda essa desgraça. Sabe que em Kroza, e seu novo território, apenas humanos são permitidos, sendo legal matar qualquer ser diferente que humanos, o que o faz rumar sem hesitar para Norte, na esperança de encontrar Ragnos para saber dos outros do grupo, para saírem em busca dos mesmos.

Em Nextar, por incrível que pareça, encontrou Katrinne, só porque não se davam muito bem, é logo ela que ele encontra, mas não vai falar com ela logo de cara, fica uns dias até ir falar com ela e avisar que segue para Tempest, procurando por Ragnos, e pergunta à elfa se ela aceita ir com ele, mas ela diz não saber, está confusa ainda, então ele pergunta se ela sabe de alguém, e ela responde que vai atrás de uma “cura” pra Chronos, parece que em Stanfort soltaram boatos que ele está amaldiçoado, então Eesha se despede tomando seu rumo, e cai na estrada novamente, rumo a Chamus agora.

Lá nada acontece, por ser uma cidade portuária, então ele logo volta à estrada, depois de perder uns dias em Nextar com a elfa.

Depois de mais um tempo de estrada, entrou no território de Tempest. Ao chegar lá, pergunta em todos os templos sobre Ragnos, mas ninguém sabia dizer. Quando estava prestes a perder a esperança, uma voz feminina lhe diz reconhecer o nome... era Selanie, a irmã de Ragnos.

Passo alguns dias no templo, conversando com ela, interando-a no que houve, e fico por lá mais um tempo, junto suprimentos para viajar de volta a Nextar, mas depois, ir pra Stanfort, uma potente resistência aos ataques de Kroza, assim como Tizar.

Depois de um ano e meio passados, Eesha retorna a Nextar, procura por Katrinne, mas como esperado, não a encontra, então junta suprimentos para a viagem e toma rumo à Stanfort.

Lá ele se depara com uma cidade que é em sua grande maioria, guerreiros. Por não ter grande valor no combate corpo a corpo, ele foi mandado para um pequeno acampamento, ajudar nas tropas para resistir ao ataque de Kroza. Numa das vezes em que cai em batalha, ele é curado por Kalesh, um clérigo de Luna, que se mostrou intensamente ligado ao seu dever, Eesha mal teve tempo de conversar com o mesmo, que ele já havia corrido para socorrer alguém mais. O tempo vai passando, e Eesha vai falando o que lembrava da sua história dentro de Kroza para os guerreiros do acampamento, não se sabe se eram informações úteis, mas os soldados gostavam das mesmas. Kalesh, particularmente, preferia ouvir das aventuras, na caravela voadora, no exercito de mercenários que ia atacar Kroza... Notava-se um interesse em sair dali.

Quando saiu a notícia do “rodízio” de soldados, eles decidiram voltar, mas se separaram ao chegar na capital. Kalesh foi para a barraca, onde recebeu sua recompensa por ter ajudado o reino tão bravamente, e Eesha, foi juntar as coisas para viajar novamente, iria voltar a Nextar. Lá tem uma concentração de magos, e Eesha não sabe exatamente o que é, tem que ir descobrir o que está acontecendo, receber o devido treinamento.

Uma coisa que Eesha não contava é que iria encontrar Tanner e Urlagh no caminho, Eesha se lembra que Tanner o ajudou antes com isso, e pediu ajuda a ele novamente, assim, onde Tanner e Urlagh iam, Eesha ia junto, recebendo treinamento com eles. Ao chegarem em Nextar, Tanner ouviu boatos de criaturas estranhas saindo do pântano as vezes, raptando algumas pessoas, e ninguém que entrava, voltava.

Eram 14 dias de viagem, até uma cidadezinha na beira do pântano, era dela que as pessoas sumiam, e delas ouviram dizer como eram as criaturas, eram parecidos com orcs, mas vermelhos e com três garras invés de mãos. Normalmente eles agiam de noite, então estavam se preparando para entrar em seu território ao amanhecer.

Naquela noite nada demais ocorreu, não era sempre que os carnificinas – assim eram conhecidas as criaturas – saiam de seu território pra fazer algo. Na manhã seguinte, logo cedo, Tanner diz pra ficar atentos, tomar extremo cuidado, já que lá é tido como um caminho só de ida.

O pântano era como todo outro pântano... fetido, sem muitas coisas vivas além de plantas e barulhos estranhos. Restos de criaturas, poucas humanóides, mas seguiram os rastros das ossadas humanóides, na esperança de encontrar onde eles se escondem dentro daquele lugar fétido. Pro azar, encontraram, mas com alguns acordados. Saíram de fininho, para não chamar atenção dos outros, então apenas um deles os seguiu e assim que saíram de perto da tribo, e iniciaram a batalha com ele. Foi uma luta suada, mas por tentar não chamar a atenção de outros, pois matar ele mesmo, não foi muito problema para os três. Por não saberem o que os outros carnificinas podem fazer caso encontrem um deles morto, resolveram jogar o corpo no lodo, e voltar para a cidade, coisa que se mostrou mais difícil que o imaginado, mas graças às habilidades dos treinadores de Eesha, voltaram ouço antes do anoitecer.

Na cidade, eles contam o que descobriram e alguns moradores falaram que seria melhor contar aos magos de Nextar, já que parece que tem um dedo de magia nisso tudo. Então logo depois das conversas, os três rumaram a Nextar... novamente. O tempo passou e em Nextar eles chegaram.

Lá foram procurar algum tipo de autoridade, mas aparentemente é uma cidade de estudantes, então eles perguntam pelo responsável por tudo, e ficam sabendo de Arcanus. Com a ajuda de alguns moradores da cidade, eles vão ao encontro de Arcanus para falar o que descobriram e o mesmo se mostra espantado sem saber dizer o que era aquilo. Logo que terminam o papo, eles saem da sala do mago, e Eesha se separa dos dois, procurando algum lugar ou alguém para identificar seu camisão de cota de malha, e alguns magos ofereceram o serviço, por algumas peças de ouro, mas um deles viu que Eesha estava com dificuldades, e o fez por boa vontade mesmo. Depois disso, Eesha resolve descansar de todas essas viagens, ficando por um ano em Nextar.

Numa noite ele sonha com o que pode ter acontecido no castelo depois que ele apagou, e na manhã seguinte, ele resolve ir procurar o pessoal, para ver se lhe dizem o que houve, e parte para Stanfort.

Chegando lá, há boatos sobre o novo general de Kroza, Chronos, e esse nome bate na cabeça de Eesha e ele se lembra de Katrinne. Chronos era o noivo da elfa. Logo que se recompõe ele vai procurar alguém do grupo nas barracas, mas não encontra nem Kalesh, parece que ele saiu em missão, ou algo assim. Então Eesha parte para Minoria novamente, para saber se há como ir para sul, sem ter que passar por Kroza, mas eles não sabem de nada. Eesha volta à sua velha rotina nas montanhas por mais um tempo, e ruma para Nextar novamente, já que as chances de encontrar Katrinne lá pra conversar sobre os boatos são maiores, e por lá mesmo ele fica até se encontrarem novamente.

Katrinne, Perscrutadora Da Cura

• Background Adicional:

Com a explosão no castelo, o navio de Leon foi arremessado para longe. Cada um fora para um lado diferente. E eu, Katrinne, acabei caindo na cidade de Stanfort, onde fui muito bem recebida. Com o passar do tempo, Kroza dominou grande parte do continente, rei Lauth se denominou único deus e qualquer não-humano que pisasse em seu território, seria morto.

A cidade em que eu estava era uma das grandes resistências, possuía um grande exército para aguentar as invasões de Kroza. Eu estava lá para ajudá-los,já que não ouvia notícias de meu grupo há um bom tempo. Mas uma notícia chegou aos meus ouvidos, não do grupo, mas sobre uma outra pessoa: Chronos. Soldados de Stanfort comentaram de um general krozano, que havia sido amaldiçoado e mandado pro Orcus do inferno para ajudar o rei Lauth. Ele era um Dark Knight muito poderoso, e o que me fez reconhecê-lo foi o apelido que lhe fora dado de "Grim". Ao ouvir isso, minha espinha arrepiou. Eu sentira aquele vazio de tempos atrás.

Eu precisava dar um jeito nisso, antes que ele chegasse a Lauzen ou a qualquer um que o fizesse mal. Se ele estava mesmo amaldiçoado, estava sob o controle de Orcus. Eu procuraria alguém que pudesse me ensinar a desfazer isso. Deixei a cidade de Stanfort e segui para Nextar. Lá havia muitas pessoas que conheciam magias, mas não sabia a quem recorrer. Dias se passaram e eu encontara Eesha. Ele pergunta se quero acompanhá-lo à Tempest, mas recuso por ter que achar uma cura para Chronos, então o tiefling segue seu caminho e eu continuo minha busca pela cidade.

Lá havia uma academia arcana onde peço ajuda. Fico horas, ou talvez dias, perdida no meio daqueles livros procurando uma solução. Até que um dos professores da academia, um rapaz bem jovem que aparentava ter menos de 30 anos, cabelos prateados, apelidado de "Planeswalker", fora me perguntar o que eu tanto caçava naquelas pilhas de livros. Eu explicara a história, e ele com um leve sorriso (um tanto estranho para mim...) disse que sabia exatamente onde estava e pediu para sergui-lo.

Andamos pelos corredores da academia, até chegar a sua sala. Ele pegara uma caixa de madeira antiga que estava escondida atrás de livros, cheia de pergaminhos e me dera um grande, pesado e bem amarelo por causa do tempo guardado. Eu o abri, mas não havia nada escrito nele, estranhei. Ele me dissera que era naquele pergaminho mesmo que havia a magia que eu precisava para quebrar a maldição, mas que eu não poderia usá-lo ainda, eu deveria ‘evoluir’ para isso. Pedi sua ajuda mais uma vez. E com outro sorriso, me disse: ‘Eu te ajudei antes, e ajudarei novamente.’ Olhei para ele com atenção, eu o conhecia? Não sei dizer... Perdi lembranças da minha vida depois que voltei ao mundo dos vivos..

Ele me levara para uma porta, mais especificamente, para um portal. Eu iria para uma espécie de ‘refúgio mágico’ onde eu iria seguir para minha ‘evolução’. Quando abri esta porta, ouvi uma voz conhecida me chamando e depois... apaguei. Não me lembro de nada que aconteceu lá, só tenho lembranças a partir da minha volta à academia. "Planeswalker" não estava lá para me receber, pois ele fora convocado para ajudar em Stanfort contra Kroza. A guerra estava intensa.

Quanto tempo havia passado? Eu sentia que foram algumas horas, mas foi cerca de 3 anos. O que havia mudado? Fisicamente nada, mas por dentro eu me sentia diferente, de fato alguma coisa mudara, o pergaminho que ele me dera estava guardado esse tempo todo na minha bolsa, ao verifica-lo novamente, as palavras surgiram, eu conseguia lê-lo. Era gigantesco, levaria pelo menos uma hora para conjurar aquela magia, mas seria na hora certa.

Eu fui para Stanfort, encontrar com meu destino. Esperar por Chronos, esperar o momento de acabar com sua maldição e selar nossos destinos novamente. O que irá acontecer, eu não sei, mas tenho que estar pronta.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Bors Drago, Rei de Dragônia

Nome: Bors Drago (Antigo Boro)
Jogador: Danilo
Raça: Humano
Classe: Guerreiro / Warblade
Tendência: Leal e Neutro
Religião: Nenhum
Idade: 632 anos (Aparência de 25 anos)
Aniversário: 07/07
Peso/Altura: 94 kg/ 1,80m
Música tema: Lost - Avenged Sevenford


• Novo Background (Adicional ao Antigo):

- ACORDE, MEU FILHO...

E Bors levantou sua cabeça. Estava em meio a uma cela suja, não mais confortável que a sensação de desespero, que o desprezo que sentia por si mesmo. A última imagem em sua mente eram suas lâminas atravessando o corpo de seu pai. E após isso, as mesmas lâminas no corpo de uma garota. Mas ali as mãos não eram suas. Eram de uma criatura mais brutal e rústica.

A princípio imaginou que tivesse sido preso após o ocorrido com seu pai, Klaus Drago. Mas lembrou-se ainda da revolta que estourara quando da morte do mesmo naquela prisão. Então olhou em volta e percebeu. A cela estava aberta. E o lugar, todo ele, consumido pelo tempo. A cela era mais sem vida que antes, as grades já não se fechavam sem se quebrarem. Caminhou para fora da cela e deu de cara com o restante do lugar nas mesmas condições.

Aquela prisão que havia sido o orgulho dos justiciares, estava entregue ao tempo, estava entregue às lufadas de aeros e à fome de aros. Não entendia. Parecia que tinha dormido por milênios. Que profano castigo lhe havia sido sentenciado, a ponto de apodrecer junto com este lugar? Caminhou até uma sala da guarda e avistou um espelho. Andou em direção ao mesmo, precisava saber...

- Impossível. – disse Bors. O espanto e a inquietação em seus olhos e ao tocar sua imagem refletida..

- Realmente digna de espanto, essa sua imagem – Disse a voz que vinha de trás de Bors.

Por mais espantado que estivesse com sua aparência jovem, Bors não pode se conter e virou em direção a voz. Um giro rápido e preciso, como se tivesse algo em suas mãos para se defender.

Era uma figura turva e translúcida que lhe dirigia a palavra. A mesma parecia um soldado, de seu reino, um oficial. A forma lhe fitava e caminhava para trás, em direção a um grande salão. Bors nada podia fazer a não ser segui-la. Ao chegar ao meio do salão, o ser fantasmagórico parou e fez um gesto. No mesmo momento, o restante dos habitantes daquele lugar abandonado começava a surgir. Guerreiros feitos de ossos, lobos também. Espíritos semelhantes ao do soldado, formas negras como a encarnação de um pesadelo. Todos os tipo de mortos que tiveram seu descanso perturbado por algum motivo estavam ali, parados, atrás do soldado, fitando a figura de Bors com, estranhamente, calma...

Perplexo Bors disse ao soldado:

- Então é isso? Esta é a penitência que os deuses escolheram pra mim? Que seja então. Dêem-me uma arma, uma lâmina qualquer, pra que eu possa batalhar pela eternidade com vocês.

- Haha. Nunca, meu rei. – se adiantou a estranha figura. – Não há penitência nesse lugar para você. Há apenas um recomeço, uma nova chance. Por 600 anos esperamos este dia. Por 600 anos sofremos nessas míseras formas de existência do além vida, esperando que você retornasse. Espero que saibas, após minhas palavras, o que deves fazer. Espero que nos liberte deste tormento eterno, e busque reaver o que lhe foi tirado. De você e do seu povo. Ou melhor, de nós. Acorde agora grande rei, desperte desta prisão em sua mente. Desperte e levante-se novamente! Sua majestade! O Grande Rei Bors Drago!!!

Bors não pode evitar, caiu num joelho, como na nomeação de um cavaleiro. Seus sangue fervia novamente, seu coração palpitava acelerado, seu olhos ardiam mas não em chamas de ódio. Eles ardiam da luz que agora saía de cada ser que ali estava. Aos poucos eles iam tomando uma nova forma. Aos poucos cada um deles se mostrava uma imagem de um soldado, de um leal criado, de um conselheiro, um de seu povo. As almas atormentadas estavam retomando seu lugar no descanso eterno de prometeus. Ao que cada imagem desvanecia, balbuciavam palavras de agradecimento e encorajamento ao seu rei. Cada uma delas pediu para que a paz fosse restaurada neste mundo. Para que seu povo pudesse se reerguer juntamente com seu glorioso rei.

Bors sabia o que deveria fazer. Bors sabia que os deuses haviam lhe dado outra chance. Sabia que seu pai havia lhe perdoado e, ao mesmo tempo, se conscientizado de tudo que lhe causou.

Ao erguer-se novamente, percebeu que uma imagem não havia ido embora. Pelo contrário. Aquele que lhe falava anteriormente, o primeiro soldado, tomou sua forma em carne novamente. Aquele não era um simples soldado. Era seu amigo, seu parceiro no reinado, seu conselheiro. Era aquele que seguia o deus que nenhum humano jamais entendera, e que sempre protegeu e olhou pelo sangue dos Drago. Era Trian, portador do Tomo de Platina. Trian, clérigo de Bahamut.

O velho amigo sorriu, fazendo uma revrência a Bors, que logo em seguida se ergueu e pousou a mão sobre o ombro do amigo. Olhos o mesmo nos olhos justos e disse:

- É chegada a hora, velho amigo. Eu retornei, em carne e alma. Eu retomarei o que é meu e de meu povo por direito. E dessa vez eu não os abandonarei como antes. A nação vai se reerguer. O mundo vai saber novamente, quem é Bors Drago. E aqueles que tiraram isso de mim, que tiraram as terras de meu povo e paz dessas mesmas terras, aqueles que usurpam meu trono, cairão, como os lacaios do mal e da discórdia que são.

• Background Adicional Ato II (Narrado por Trian, Sacerdote de Bahamut):

Bors, assim que recuperou consciencia e assumiu seu destino, tornou-se outro.
Determinado e centrado, por meses a fio eu o vi praticar, praticar e praticar para recuperar suas habilidades com a espada. Por mais que agora fosse o mesmo de antigamente, parecia que havia regredido de certa forma quanto ao seu poder.

Com tanto rodando a mente do rei, eu tratei de descobrir como estava o mundo. Porém, os arquivos da prisão eram muito antigos e minhas conversas com o grande dragão de platina não estavam muito esclarecedoras.

Não precisei forçar a situação visto que, após alguns meses, Bors me procurou para dizer que partiríamos. Ele queria conversar com um velho conhecido, alguém a tempos muito sábio e que ele sabia que ainda vivia. Sir Falkwin, Guardião da Morada dos Imortais.

Para que pudéssemos sair dali, quatro criaturas se apresentaram a nós. 2 Asperi, enviados de bahamut com certeza, e dois cavalos de ossos. Fiquei surpreso pois eram as únicas criaturas do reino dos mortos que continuavam ali, aguardando como guardas na porção de terra mais próxima da ilha onde os asperi nos deixaram. Ao avistarem Bors, as criaturas fizeram um gesto de reverência e se tornaram cavalos normais novamente. Então os reconheci. E vi uma lágrima escorrer pelo rosto do Rei. Aqueles eram Vórtice e Vendaval, os cavalos de seus filhos Maahes e Bastion, respectivamente. Montando em Vórtice e comandando Vendaval para obedecer minhas ordens, o rei se recompôs e então partimos.

Viagem árdua, a maior que já fiz por sinal. Após meses de viagem, confrontos com patrulhas krozanas e desvios para evitar grandes tropas e cidades dominadas, tivemos pouco tempo de descanso em alguns vilarejos que eram insignificantes demais para os olhos tirânicos de kroza. O tempo todo Bors passava mensagens de esperança para aquele povo. Dizia que tudo iria voltar aos tempos de glória, que iria reerguer o reino de Dragonia mais uma vez. E não foi diferente quando chegamos a um ponto importante da viagem até a morada. Havíamos feito muitos desvios, e algo no caminho nos espantou. Era uma cidade pequena, comparada as grandes capitais, centros bélicos e comerciais. O motivo de espanto poderia ter sido a fortificação, as patrulhas e a quantidade de pessoas preparada para conflito. Mas isso não era mais uma novidade neste mundo. O que nos espantou mais foram os dois estandartes hasteados no alto da muralha.

O primeiro, com brasões simples, deduzimos que era o da cidade. Mas o segundo, que prendeu os olhos de Bors e o fez gritar palavras de agradecimento aos deuses e dizer para mim que a chama ainda estava viva. Era o estandarte invencível, cujo mero tremular ao vento faz tremer qualquer oponente. Era o estandarte de Minoria, a fortaleza dos anões.

Bom. Mesmo amigos de outrora, os tempos eram outros. Demorou um bom tempo até que algum sábio adentrasse a sala de interrogatório e se espantasse com as proclamações de majestade de Bors. Ele não fez o estardalhaço de início, mas os humanos daquela cidade foram muito impetuosos ao nos interrogar, fazendo com que ele perdesse a paciência. Mas ainda assim, mesmo o sábio dos anões sabendo da historia de Bors custou a acreditar que ele havia retornado.

Mais um bocado de conversa necessário até que um capitão das tropas de Minoria adentrasse a sala e reconhecesse Bors. O anão não tinha idade para tal. Mas disse que conheceu Bors com uma aparência diferente, e sabia que ele tinha sido responsável por enfrentar o rei de kroza e pela expulsão do demônio. As peças se juntaram e finalmente, depois de longos anos, estávamos entre amigos.

Mais alguns anos se passaram enquanto ficamos entre as tropas de Tizar. Anões, humanos e até o orcs se aliaram naquele lugar para resistir as investidas krozanas. Bors se informava com os humanos sobre a situação das terras e dos combates, treinava suas habilidades de esgrima contra os poderosos orcs e em algumas ocasiões ajudava a cidade na defesa da mesma. Eu logo me encarreguei de procurar os sábios anões, e aprender mais sobre a conjuntura atual do mundo.

Tudo que aprendi foi passado para Bors, que algumas meses antes de partirmos, havia se reunido com um amigo anão de grande habilidade para algum tipo de treinamento secreto que não havia me contado. Chegado o momento de partirmos, eu vi o porquê. Bors saiu de uma tenda, e por instantes, o vi entrando pelo salão do trono novamente. A reunião com o anão, por meses a fio, foi para forjar uma armadura. Não qualquer uma. Era uma armadura de batalha digna de um rei. Feita do famoso mithral, a armadura de batalha completa parecia servir a Bors como uma luva, trazendo-lhe parte de toda aquela imponência de volta. O metal perfeitamente forjado pelos anões, fora trabalhado em seus contornos com a cor predominante do Reino de Dragonia, o vermelho. O escudo de aço que Bors portava havia sido trabalhado da mesma forma, mas não forjado daquele metal poderoso.

Quando da hora de partir, Bors repentinamente me informou que não rumaríamos mais para a morada. Sir falkwin estava ocupado demais para receber visitas. Dizia ele que eram palavras do líder dos anões, que conhecia falkwin melhor do que nós. Sem questionamentos meus, obviamente, seguimos para norte, em direção à Nextar e à velha torre do poderoso e benevolente Arcanus. A princípio pensei que poderia ser uma alternativa para a sabedoria de Sir Falkwin, mas não. Bors já tinha outra coisa em mente. Precisava encontrar alguém, um cavaleiro do recém-caído reino de Cormyr. Com ele, encontraríamos parte de algo que fora uma vez o símbolo do poder do Rei de Dragonia e que foi dividido entre seus filhos para que pudessem reinar. Com ele, talvez encontrássemos Caex, a lâmina do grande rei.

A viagem foi diferente dessa vez. Cauteloso, Bors não dizia seus nome e propósito a qualquer um. Se os ouvidos do rei de kroza escutassem, estaria tudo perdido se nos encontrassem nesse momento. Porém, a cada vilarejo, em cada cidade que passava, Bors conhecia pessoas, fazia amigos, criava alianças com alguns. Pessoas que se mostravam descontentes com a situação, que eram contra kroza, mas que não tinham como resistir. Bors fez questão de colocar em uma posição de referência para cada uma delas, mostrando que ainda deveriam ter esperança. Realmente era ele de novo.

Após meses de viagem mais uma vez, chegamos à Nextar. A torre de Arcanus se erguia soberana no meio da cidade. E dessa vez ostentava nova decoração. As marcas dos projéteis das armas de cerco de kroza, que explodiam ao encontrar a torre e certas outras estruturas da cidade, lá deixavam sua impressão.

Após nos identificarmos como meros viajantes, adentramos a cidade...

Ragnoz, O Domador de Trovões

• Nova Música Tema: Bad Blood - Ministry



•Background Adicional:

Eu retomo a consciência, sentindo dor em todo o corpo, a luz do sol me cegava, senti que meu braço direito estava imobilizado, teria eu quebrado o braço? Virei-me pra evitar a luz do sol, e ajoelhei, não sabia onde estava, mas senti a grama quando toquei o chão, pelos cuidados de meu braço pude presumir que estaria entre aliados, mas quem? Antes que conseguisse abrir os olhos ouvi uma voz falando em élfico “Olhe chefe um deles acordou” enquanto eu tateava meu rosto e via que estava sem capacete, a vista ainda embaçada e eu via dois vultos vindo em minha direção, já quando estavam a minha frente eu pude ver era Morbius, o líder dos drows, assim sendo meu líder também, ele disse pra mim “está bem Ragnoz? Você voou bastante durante a queda daquele navio, Teve sorte em ter só fraturado o braço e algumas costelas, infelizmente não contávamos com clérigos em nosso grupo então só o curamos com métodos tradicionais”, eu disse pra ele que não era nada serio, pelo menos eu conseguiria agüentar até poder contar com minha cura novamente, eu perguntei onde estávamos e como eles me acharam, e ele explicou que na investida contra Kroza, os elfos restantes tinham formado uma aliança para investir junto com os demais atacantes.

Na hora eu ainda estava zonzo não consegui prestar atenção em todos os detalhes, ultima coisa que me lembrava era de Brass estar caindo quando lutava com o demônio, ele explicou que o navio caira, eu estava caído embaixo de alguns destroços sem capacete, dois batedores me socorreram, dito isso ele acrescentou que permaneci um pouco mais um mês desacordado, então eu levantei, com a ajuda deles estava muito debilitado e fraco, me entregaram uma muleta, pois eu acreditava estar com uma fratura na perna também, já que não conseguia apoiar aquela perna.

Enquanto eu comia observava o acampamento, todas as nações élficas se encontravam lá, nos éramos os menos numerosos e os outros discutiam sobre se retirarem pras florestas ao norte, uns falavam pra continuarem aqui, Morbius ou qualquer drow entrou na discussão, mas eu questionei o que Morbius pretendia fazer, ele disse que ao norte, acima de Tizar tinha uma cidadela subterrânea perdida, onde era o antigo império drider, mas que hoje não passa de um grupo de pequenas colônias espalhadas, e lá provavelmente encontraríamos um lugar pra reconstruir a cidade drow, de imediato eu disse que iria com ele, se mostrou muito agradecido e disse que seria de grande ajuda, perguntaram se eu desejava minha armadura, eu disse que não voltaria usar aquela armadura de Kroza, e que já tinha usado artefatos humanos por muito tempo, apenas queria minha armas.

Ainda permanecemos no acampamento por dois dias, me curei do ferimentos, no amanhecer posterior ao meu despertar, curei todos os feridos, conforme a minha capacidade e ao terceiro amanhecer partimos, fomos pra entrada da antiga cidade subterrânea, pegamos todas as coisa uteis que conseguiríamos carregar, ao todo éramos 33, 16 mulheres e 17 homens, ainda achamos 7 crianças e mais 5 adultos que se abrigavam nas ruínas da cidade que fora atacada, e partimos por caminhos subterrâneos, aranhas enormes sobre o comando de Morbius e outros magos carregavam o que ia alem da nossa capacidade, durante dois meses e meio viajamos até chegar à antiga capital do reino drider, antigas lendas dos bardos drows diziam que era ali onde Lolth a deusa padroeira de minha raça tinha morado há dois milênios atrás, antes de deixar esse plano.

Chegado ao local começou um reconhecimento rápido, alguns batedores vasculharam as cercanias a capital, haviam algumas colônias a uma distancia considerável de lá, os batedores voltaram só depois de algumas horas, e começaram os esforços para reforma do lugar, suas construções estavam abandonadas, mas não destruidas, então levamos meses para reestruturar toda a cidade, contavamos com mais casas que moradores então, demoramos cerca de quatro anos e meio para restruturar tudo, eu orgulhosamente posso afirmar que tive um intenso envolvimento no trabalho, sempre que possível estava ajudando no que era necessário, era conhecido por todos da cidade, até fui agraciado pelos otros drows com o titulo de “Domador de Trovões” titulo que excede meu poder, mas fiquei lisonjeado, tanto que abandonei o “Clérigo de Bronze”.

Todas as manhãs saia do subterrâneo para fazer minhas preces a Tempest, sonhava constantemente com Selanie, e planeja ir buscá-la, sabia que ela estava em Tempest, dentro de mim eu sabia disso, mais um mês de passou, nesse tempo todo me aproximei muito de Morbius, nos tratávamos com afeto e nos tornamos bons amigos, alem dele desenvolvi muita amizade com Lorten a ferreira da cidade, com ela aprendi muito sobre esse oficio, eu reclamava muito de quando eu viajava e tinha de apelar às habilidades de ferreiros às vezes não tão bons para lidar com minha armadura, então ela decidiu me ensinar a fazer concertos, atrevo-me a dizer que gosto mais dela do que devia.

No dia seguinte fui conversar com Morbius, avisá-lo que iria partir em alguns dias, ele pensou q eu ficaria mais tempo, mas entendeu os meus motivos, ele disse pelo menos que antes de sair voltasse a casa dele para despedir-se que ele teria algo para mim, no mesmo dia fui conversar com Lorten, ele ficou chateada, mas me fez prometer que voltaria, caminhou até a bancada, pegou um sabre, voltou até mim e me entregou a arma que possuía meu nome entalhado na lamina negra contava com alguns entalhes de Tempest na empunhadura e sua bainha era toda trabalhada, era um sabre de ótima qualidade feito pra mim, na hora sem pensar não contive meus sentimentos e a abracei forte e a agradeci lhe dando um beijo, e dei minha palavra que voltaria.

Momentos antes de partir fui até a casa de Morbius, lá ele pediu para que entrasse, agradeceu por tudo que fiz, por ele e pela cidade nesses quase três anos, eu agradeci ele por ter me mostrado que meu povo é mais do que os contos humanos contavam, ainda podem existir criaturas odiosas iguais as dos contos, mas aqui foi provado que existem dos nossos capazes de ser bondosos. E ele quis me presentear por ter ajudado a levantar a cidade, não só ela mas à moral do povo, fiz o papel de sábio da vila durante todo esse tempo, então ele caminhou até um baú no meio da sala o abriu e de lá retirou uma armadura drow, uma loriga negra, e disse que aquela armadura pertencera a um grande guerreiro do passado e que ela tinha sido abençoada por Lolth, completou dizendo que sabia que Lolth era maligna, mas o caos da armadura era compatível com aquele existente era compatível com o do meu coração, e como um drow, eu devia carregar uma benção de nossa Mãe, eu a vesti e nunca havia vestido uma loriga tão leve, ela era diferente das demais, não sabia se magicamente ou se fora feita pela própria deusa, mas aquela era uma armadura esplêndida, e feito isso nos despedimos, e tomei meu caminho para o norte, ele ainda ofereceu montaria mas eu recusei, pois iria para Tempest sozinho, peregrinando.

A viajem para Tempest tomara três meses, eu viajava sozinho novamente, coisa que não acontecia desde que chegara a Cormyr, dessa vez tudo acontencia de maneira diferente, enfrentava olhares temerosos sempre que encontrava com alguem, agora eu não era mais apenas um clerigo de Tempest, mas mostrava minha origem. Uma viagem consideravelmente tranquila até as divisas de Tempest, pois o terreno de lá é todo acidentado e castigado pelo clima caotico, dentro dos territorios tempestuosos andei mais alguns dias até chegar ao templo, nunca havia visto templo igual, era gigantesco, e eu me encontrava parado na frente do templo pronto pra entrar e reencontrar Selanie, minha irmã mais nova q eu não via a mais de 120 anos, me peguei imaginando como ela estaria agora, seria ela uma cleriga mais forte que eu, teria ela mudado muito?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Epílogo: A Verdade Sombria

Data do Jogo: 07/07/2010

Assim que a porta secreta se chocou contra a outra parede entramos. Todos ali pareciam surpresos, até mesmo o Rei, ao ver Lauzen entrar na sala. A Primeira frase que nosso colega paladino proferiu ao entrar foi:

“Olá Pai.”
Porém, não havia sido aquilo que acabou chocando todos na sala (além é claro do próprio grupo). O que acabou chocando a quase todos foi Eesha, que acabou abrindo caminho entre o grupo, conforme seu corpo ia se modificando e crescendo gradativamente. Em uma fração de segundo, ele deixou de ser o Thiefling que conhecíamos para se tornar um demônio grotesco e enorme, que em uma velocidade incrível, atravessou o salão do Trono e prendeu a Princesa pelo pescoço.
Claramente vendo aquilo, eu não fiquei parado esperando. Puxei a espada e avancei contra ele, trespassando a espada no peito do mesmo. Porém, assim que isso foi feito, ele novamente voltou a ser o Eesha de sempre (Mas agora com uma espada no peito). Naquele momento, a porta do salão se rompeu, e por ela entrou um guerreiro trajando uma armadura vermelha brilhante. Klaus Drago. O Rei Krozano apenas riu, dizendo que apesar dele ter sido perdoado pelos deuses, não teria força para combatê-lo, e que a vinda do ser perfeito agora estava preparada. A mistura de um Demônio com um Anjo.
Foi quando o Rei se Transformou em um Solar Caído, com amplas asas Negras. E Klaus, em um Solar com asas brancas. Logo em seguida, uma explosão fez colapsar a parede atrás dos tronos. A Caravela de Leon Surgia disparando contra o castelo, e o próprio, descia com Brass, informando que havia um demônio no ventre da princesa. E que o único jeito de tira-lo seria com as 2 espadas/artefatos antigos. A Espada que Lauzen recuperou na Prisão dos Justiciares, e a Presa de Thauglor.
Naquela hora, corri com Lauzen até o General Krozano, pedindo para ele identificar onde estavam meus equipamentos. Corremos até a sala dos tesouros, enquanto o Rei e Klaus começavam um grande conflito. Ao chegar no salão, joguei o escudo e a espada Krozana no canto da sala, puxando a Presa e meu próprio escudo. E logo, corri devolta até o salão.
Assim que cheguei lá, joguei minha espada para Boro (que estava estranhamente alternando entre um Meio Orc e um Humano). Com ambas as espadas em mãos, ele (além de estabilizar em um completo humano) correu e chocou ambas no ventre da Princesa Mia, encerrando o conflito entre ela contra Leon e ele mesmo. As espadas não a machucaram entretanto...mas removeram de seu corpo o demônio, que, assim que apareceu, foi atacado por Brass em sua forma de Dragão.
O gigantesco combate ia tomando grandes proporções. Soldados Krozanos invadindo a sala, duelando conosco. Klaus e o Rei lutando em suas formas de Solar, e o demônio contra Brass. Leon logo começou a gritar para retirarmos todos dali, e levarmos para a caravela.
Eu e Lauzen começamos a carregar todos. Primeiro a Princesa, depois Eesha, depois Katrinne e enfim, Boro, agora humano.
Conforme fomos subindo, virei-me para procurar pela Princesa, apenas para avistar aquele maldito Gorila/General vermelho com ela nos braços. Ele sinalizou um adeus e saltou da caravela. Sem pensar duas vezes, sai correndo até a ponta da caravela, pronto a saltar, e com isso, não notei que Brass e o demônio iam mergulhando em espiral na direção do castelo em alta velocidade e com fogo sendo cuspido por Brass, quando ambos atingiram a altura do castelo, este sofreu uma gigantesca explosão. Tamanha foi a força da explosão, que a caravela foi arremeçada para cima.

Depois desse momento, eu apaguei...Não sabia o que tinha ocorrido com o castelo, ou com os outros. Mas fosse o que fosse...o sentimento que havia ficado na mente era que havíamos falhado. Não sabíamos se o Rei ou mesmo a princesa haviam morrido. Entretanto, uma coisa eu sabia. Tempos difíceis iriam vir.

Capítulo 12: Cartada Final

Data do Jogo: 07/07/2010

No dia seguinte, já notávamos uma ausência em boa parte do pessoal que rondava o interior da prisão, imaginei que fosse por causa dos preparativos para o casamento. Fiquei a planejar jeitos de sair dali quando fossemos levados para o castelo, e jeitos de tirar a princesa e o capitão dali.

Horas decorreram e nenhum sinal dos guardas. Tudo estava relativamente calmo...até que subitamente ouvi um estrondo forte, junto de um tremor nas paredes. Imaginei o que diabos poderia ter feito aquilo, e em poucos momentos, a resposta surgiu. Alguém começou a tentar forçar a porta por alguns momentos, para só depois conseguir abri-la. Boro adentrou na cela, jogando uma espada para mim.
Eu e o capitão logo corremos seguindo Boro, até chegarmos ao corredor de “entrada” da prisão, onde deveria haver uma escada. Ali haviam entretanto vários escombros. Obviamente Ragnoz havia explodido ali para evitar que os guardas viessem até nós (Mas acabou desacordado por ter sido atingido por parte dos escombros). Logo em seguida, o capitão começou a retirar o entulho da frente, dizendo que abriria caminho para ir matar todos os guardas ali. Tentamos convencê-lo a sair da prisão utilizando o plano que eles haviam bolado (E que até agora eu não sabia qual era), mas ele recusou. Lauzen então entregou a ele uma espada curta, e saímos em busca de uma determinada cela lá dentro.
Passamos por umas 4, talvez 5 celas antes de encontrar a procurada. Ali, Eesha começou a vasculhar a cela em busca de algum detalhe específico. Ele apontou para uma pedra meio solta no teto, e Boro foi mexer na mesma. Assim que ele começou a mexer na bedita pedra, uma parte do teto despencou, deixando um buraco que dava em um outro lugar mais alto, aparentemente um corredor. Boro subiu primeiro, e ajudou Eesha em seguida. Com ambos lá em cima, eles amarraram uma corda em um local lá em cima e começaram a subir o pessoal. Katrinne primeiro, e depois Ragnoz. Quando eu tentei subir entretanto, tivemos alguns imprevistos. Primeiro o nó soltou, e eu acabei caindo queimando as mãos por tentar segurar as cordas. Só depois, consegui subir. Lá em cima, ouvimos um novo estrondo vindo de longe, provavelmente o capitão agora estaria matando alguns Krozanos. Nesse meio tempo, puxamos Lauzen e seguimos pelos corredores do que de fato era o esgoto de Kroza.
Como só tínhamos 1 Tocha para iluminar o caminho, acabamos andando em fila, com Lauzen na frente. Andamos por alguns metros, antes de começar a ouvir alguns barulhos estranhos, barulhos estes que confirmaram os temores de todos. Um monstro ali dentro. Lauzen foi o primeiro a ser atacado, a criatura em segurou-o com sua garra e puxou o mesmo para cima. Os dotados de uma melhor visão que a minha no escuro (Ragnoz, Eesha), passaram a atacar a criatura para soltar Lauzen.
Acredito que ao notar que não haveria muitas chances de sobrevivência, a criatura saiu correndo, se escondendo em seguida dentro de um monte de lixo que havia ali no canto. Lauzen então pegou um frasco de Fogo alquímico que carregava com si, e lançou no monte de lixo...Em poucos segundos aquilo se revelou uma péssima idéia. O que aconteceu foi que, quando o lixo passou a pegar fogo, muitos, mas muitos ratos mesmo saíram daquele local, saindo freneticamente em todas as direções. Ragnoz tentou atingi-los com uma explosão sônica, mas isso apenas serviu para deixá-los mais irritados.
Eram tantos ratos nos atacando, que Eesha foi coberto por eles e acabou apagando. Logo, cada um procurou sua própria saída. Katrinne conjurou proteção contra elementos em si mesma e se jogou no lixo que pegava fogo. Eu, Lauzen e Ragnoz pulamos no rio do esgoto, puxando o corpo de Eesha logo em seguida.
Esperamos alguns minutos até que os ratos dispersaram-se, e então subimos novamente. Ragnoz curou os ferimentos de Eesha, e então, seguimos nosso caminho pelas galerias do esgoto. Seguimos por vários metros , até nos depararmos com uma grade que impedia nosso avanço. Eesha colocou-se a frente do grupo, lançando uma pequena magia nas barras e destruindo algumas delas, para que nós conseguíssemos passar. Entretanto, depois de quebra-las, uma criatura veio correndo do outro corredor, fazendo a curva e colocando-se a nossa frente. Era uma semelhança entre uma mistura de Barata com Besouro e Gorila.
A Criatura se colocou na frente de nossa passagem, nos forçando a um combate. O Maldito era resistente, e o próprio cenário dificultava o combate. Prova viva disso, foi que na terceira investida dada, a espada que eu utilizava se partiu em duas. Após tensos minutos, conseguimos finalmente derrubar a criatura, mesmo que tenhamos adquiridos uma bela quantia de ferimentos.
Seguimos viagem novamente. Em várias galerias dávamos com paredes ou grades, que preferimos contornar. Conforme seguimos, acabamos achando o sentido no qual acreditávamos ser o castelo. Mas nosso caminho logo se encerrou com uma parede, cuja única passagem era um buraco estreito por onde o esgoto estava escoando.
Ao ver aquilo, Lauzen não pensou duas vezes e logo se jogou para dentro do rio de dejetos, nadando para dentro da passagem. Uns 5 minutos depois, eu me juntei a ele, sendo seguido por Ragnoz, Boro, Katrinne e Eesha nessa ordem. Depois de passarmos por uns 20~30 metros...acabamos chegando a uma grande câmara. De lá, consegui ver Lauzen escalando uma pequena parte da câmara, que dava para uma saída. Provavelmente...um banheiro. Depois dele verificar a situação, subimos aos poucos. Os primeiros foram Eu, Lauzen e Ragnoz (A qual devo agradecer pois, assim que subimos lá, ele utilizou da Magia “Criar Água”, que nos livrou dos dejetos e do mal cheiro), e em seguida o resto do grupo.
Aquele banheiro se localizava no jardim central do Castelo. As plantas ali estavam murchas e secas, como se não tivessem recebido cuidado a muito, muito tempo. Dali, víamos uma porta que era defendida por 2 guardas. Lauzen disse que era a biblioteca, e de lá havia uma passagem direto para a sala do Trono. Para ele e para Ragnoz, seria tranqüilo passar, uma vez que eles estavam trajando armaduras de soldados Krozanos, mas para nós não. Então, nos dividimos. Ragnos e Lauzen entrariam na biblioteca como soldados, seguidos por Katrinne que utilizava a esfera da Invisibilidade. Eu, Eesha e Boro daríamos um jeito de entrar sem que os guardas fossem alertados.
Poucos momentos após eles entrarem na Biblioteca, começamos a ouvir alguns passos de um soldado. Boro preparou-se para emboscá-lo e nós nos posicionamos para que ele não tivesse tempo de reagir ou gritar. Conforme ele chegou mais próximo, avançamos, para sermos surpreendidos. O Soldado em questão, era o assassino que tempos atrás havia nos falado sobre o plano de matar o rei. Ele disse que nos ajudaria, e o fez. Dirigiu-se até a porta da biblioteca ordenando os soldados a abri-la, e em seguida matou ambos. Com isso, corremos para dentro com os corpos deles (dos quais eu aproveitei para pegar a armadura, a espada e o escudo).
Completamente equipados, vimos uma das prateleiras abrindo-se, e dela Ragnoz nos alertava para segui-lo. Fomos passando pelos corredores apertados, passando por um quarto abandonado, onde tudo estava com poeira, onde encontramos Lauzen observando pela porta do quarto, a sala do trono. Ele também falou ali, que aquele era o quarto dele. O quarto do Príncipe. Posso contar que fiquei surpreso, afinal, quem imaginaria que alguem como Lauzen, seria o filho de um rei tão deturpado pelo mal? Pois bem...na sala do trono estavam, o Rei Krozano, a Princesa Mia, O General Krozano e alguns poucos soldados. Tudo parecia bem...até que começamos a ouvir fortes explosões e tremores.

Um soldado veio correndo até a sala, gritando que havia uma Caravela Voadora disparando contra a cidade (Com toda certeza, Leon!), e um exército inimigo inteiro, invadindo o castelo. O general ordenou que os soldados fossem enviados para proteger o castelo e defender o Rei. Naquele momento...decidimos que havia chegado a hora. Coloquei-me a frente do grupo, e Lauzen Chutou a porta....

Capítulo 11: Aprisionado

Data de Jogo: 03/07/2010

Não sei exatamente quantos dias se passaram desde que fiquei preso dentro dessa cela. Sem luz do sol, e acorrentado a parede. Sendo alimentado com água e de vez em nunca um pedaço de pão velho. Todos os dias entretanto, os desgraçados faziam questão de vir brigar comigo.
De qualquer maneira...um certo tempo depois de minha chegada ali, alguns soldados apareceram e abriram a porta da cela.

Em seguida, jogaram para dentro uma outra pessoa. Apesar da luz bem fraca que ainda emitia do corredor, eu consegui identificar aquela pessoa, ele era um dos mais altos capitães dos Dragões Púrpuras. O Capitão Sue. O que pude notar entretanto era em referência ao lado direito do corpo dele. O Rosto, o Braço, a perna...todos queimados, além da cegueira no olho direito.

Não quis entrar em detalhes...mas até imaginei o motivo de todos aqueles ferimentos. Inicialmente debatemos, ambos achando que o outro havia morrido no processo. Então ele informou, que haviam sobrevivido 10 dragões além dele, mas que todos haviam agora se unido a Kroza, a pedido da Princesa.

No que eu acho que seria a noite daquele dia, a porta novamente se abriu. Os Cavaleiros seguraram o capitão, enquanto soltavam minhas correntes e me levavam para fora. Me conduziram até uma outra cela, que estava vazia ao meu entender. Todos eles usavam armaduras roxas, e eu conseguia reconhecer alguns poucos. Eram os outros sobreviventes.

Chegando a cela, encontrei-me com a princesa. Ela dizia que eu deveria tornar-me um dos cavaleiros dela, oferecendo os serviços a Kroza, para que ficasse vivo. Dizia ela que o Rei Krozano havia prometido poupar os Cavaleiros que se aliassem ao reino. De certo, ele apenas havia falado por falar.
Todos ali acabariam mortos antes do fim do casamento no dia seguinte. Prometi a ela que pensaria, com certeza na mente que acabaria por dizer não. Ao retornar para a cela, expliquei a situação para o Capitão, que informou que mataria a todos aqueles que se aliaram a Kroza, mesmo a mim se estivesse a frente dele.
Teriamos que sair dali o mais rápido possível...

Onde diabos estavam os outros? A Ajuda deles seria muito boa a uma hora dessas.