segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Lauzen, Protetor da Fé

• Mudança na Música Tema: Himmel & Hölle - E Nomine




•Background Adicional:

... e com o impacto o barco voador em que estávamos foi lançado ao ar com tanta força que começou a despedaçar as partes, e em poucos minutos estava desacordado e o última e única vontade e pensamento eram o de permanecer vivo, e assim veio o escuro, e a lucidez sendo levada. Desacordado.

Acordei num quarto meio escuro, parecia que chovia ou estava ainda sonhando, e que sonho estranho foi aquele, demônio possuindo o Eesha, meu pai virando um anjo caindo, estava desnorteado com aquele sonho estranho. Abro um pouco mais os olhos e tento me virar. Tudo dói. Tudo extremamente todas as partes do corpo. Quando ouço passos, atrás de uma porta normal. Procuro minhas armas e não as encontro perto, olho pelo cômodo, vejo meus pertences, arrumados no canto oposto do quarto. Tento levantar rápido e pegar uma das armas, uma das pernas estrala e... DOR. Não consigo seguir caminho e caiu no caminho. A porta de abre e rapidamente uma pessoa rapidamente corre em minha direção, e me ajudando a me colocar na cama diz:

- Você ainda está muito fraco e seus ferimentos ainda estão preocupantes. Precisa descansar e só isso. Não seja teimoso e fiquei deitado nessa cama que eu cuidarei de você.

Era uma voz doce, calma e tranquila. Uma mulher bonita, olhos azuis e cabelos loiros. Não precisa me defender dela. Tentei perguntar algo, mas a voz não saia, devido a dor, novamente desmaiei.

Acordei novamente, pensando no que havia acontecido, estava ainda no mesmo quarto, mas parecia que havia parado de chover. Olho em volta, novamente sozinho, meu corpo não está mais dolorido como antes. Não sei há quanto tempo estou deitado aqui, não sei quanto tempo se passou desde a última vez que acordei, só sei que nada do que eu aconteceu foi sonho. Tudo realmente aconteceu e eu preciso sair dali. Tento sentar na cama com cuidado, sinto meu corpo estremecer um pouco, pontos de dor aqui e ali. Uso o poder divino de cura pelas mãos para melhorar a situação dos ferimentos e poder me mexer com mais facilidade. Levanto-me e consigo ir até minhas coisas, pego o escudo e a maça, o livro ainda estava preso atrás do escudo.

A armadura estava irreconhecível, totalmente amassada, e perguntas vieram a mente, onde estou? Como vim parar aqui? O que aconteceu? Quanto tempo estou aqui? E uma pessoa poderia me responder. Deixo o escudo no chão e abro a porta com a mão esquerda enquanto seguro a maça com a direita. Vejo uma moça preparando algo no fogo. Com a abertura da porta, sua atenção foi chamada e ao me ver exclamou: - Ahh finalmente acordou!. Estava ficando preocupada, você não acordava nunca, como está? Venha, sente-se que a sopa já está saindo.

- Obrigado, mas quem é você? E porque está cuidando de um estranho? – Questionou Lauzen.
- Ahh mil desculpas Principe Lauzen, sou Laura, e eu não estou cuidando de um estranho
. - abaixando um pouco a cabeça e lhe servindo um pouco de sopa – Agora se alimente um pouco, você ficou um bom tempo se comer nada. Apenas liquido era lhe dado.- Disse Laura.

Surpreso pelo tratamento Lauzen questiona:

- Mas, como você me conhece? Quanto tempo estou aqui?

- Está para completar um ciclo lunar está noite, deve ter passado uns 30 dias. Sim, Príncipe Lauzen. O conheci quando ainda era criança, numa noite chuvosa, alguns garotos que moravam na nossa rua te seguiram a noite, e eles começaram a te bater. Eu estava vendo tudo de minha casa, briguei para os meus pais irem te ajudar, mas eles se recusaram. Queria ter ido sozinha, mas eles me prenderam em meu quarto e fiquei ali, rezando para Luna lhe salvar. Luna está comigo desde sempre e nunca irei deixar de acreditar Nela. Desde que anunciaram a sua morte, eu rezei, rezava todos os dias e de alguma forma sabia que tudo estava bem.

- 30 DIAS????? E o que aconteceu a Kroza? O que aconteceu ao Rei? Ao Reino? As pessoas? – Perguntou preocupado Lauzen.

- Vou lhe contar o que aconteceu nesses tempos, mas promete que irá se alimentar com calma. – Disse Laura.

- Eu prometo.

- No dia do casamento da princesa de Cormyr com o Rei Lamnet, já a noite, um grupo de mercenários invadiu o castelo e pelo ar um navio de pirata voador, poucos minutos depois todos viram dois seres com asas sobrevoando o céu e enfim veio aquele barulho e fumaça. Lhe encontrei poucas horas depois, próximo daqui, estava muito mal e cheguei a pensar que não iria resistir a tantos ferimentos. Nesse tempo, chegam noticias enviadas pelo rei sobre que aconteceu naquela noite. Não sei se é tudo verdade, já que também tinha sido informado que você havia morrido. Mas enfim, foi informado que um guerreiro chamado Siegfried contratou os mercenários e piratas para raptar a princesa e como não consegui fugir com ela, ele mesmo assassinou a princesa e depois da "explosão" nada se sabe dele. A ordem atual do rei é encontra-lo e puni-lo pelo acontecido, e a pena é a morte.

Apenas ouvia atentamente o que Laura dizia, pensando comigo que não seria bom que eles soubessem o que realmente aconteceu, pelo menos não agora.

E Laura continuou: - Logo depois de toda aquela bagunça, o povo ficou extremamente alvoroçado como a muitos anos não víamos, foi passado um outro comunico falando sobre seres alados, solar, ou algo do tipo, no qual eu não dei muita atenção. Olha Lauzen, me desculpa pelo que eu vou lhe falar, mas eu não acredito em nada do que falaram até agora, sempre fomos deixados de lado, nunca recebemos ajuda do reino e ainda sim querem que confiemos neles e que acreditemos no nas histórias que passam. Ufa... é isso que aconteceu.

Ouvi tudo atentamente, aproveitando a deliciosa sopa que Laura havia preparado.

- Laura, eu fiquei dormindo por todos esses dias? – Questionei.

- Na verdade não, estranhamente você acordava de tempos em tempos, mas nunca falou nada, nunca tentou levantar, apenas acordava e nesse momento eu lhe servia algo mais consistente para comer, acho que era algum sinal para eu não parar de cuidar de você. – Disse Laura.

- Você não encontrou mais ninguém perto de mim? – Perguntei preocupado.

- Não, só havia você. Fiquei realmente preocupada. O Senhor se lembra de algo? – Perguntou Laura curiosa.

- Na verdade não muita coisa, mas, por favor, chame-me apenas de Lauzen. E irá me desculpar, quanto menos você souber sobre o que aconteceu, melhor será para você e ficará a salva.

E assim fiquei mais alguns dias junto com Laura. Ajudando a com as tarefas e sendo agraciado de um tempo de tranquilidade. Passaram-se 10 dias e não poderia mais tardar minha partida. Expliquei a Laura que haviam respostas a serem respondidas e aquele não era o lugar correto.
Despedi-me de Laura e pedi para ela se cuidar e nunca desistir, sempre acreditar em Luna que a proteção virá.

Passei no comercio local, comprei rações de viagem, uma mochila nova, Cantil para uma longa viagem. Depois de abastecer, parti para o norte, rumo ao Salão da Justiça. Foram 17 de viagens até chegar aos salões. Como o tumulto em Kroza ainda era recente não tive muitas dificuldades na viagem. Pedi um lugar para repousar durante o dia e noite. No dia seguinte questionei sobre sábios e bibliotecas no lugar para procurar respostas para as perguntas que surgiram em Kroza. Passei bastante tempo no local, não sei exatamente quanto tempo. Mas bastante, acredito que em torno de 3 meses procurando em vários livros e perguntei para várias pessoas, e a resposta é quase sempre a mesma. "NÃO SEI LHE DIZER, TALVEZ EM STANFORT". Depois que tanto tempo procurando, resolvi seguir até Stanfort. Juntei minhas coisas, abasteci os mantimentos e segui rumo a grande cidade.

A viagem durou em torno de 24 dias. Chegando em Stanfort, procurei um templo de Luna para descansar o espirito e um lugar para descansar da viagem.

No dia seguinte, perguntei aos clérigos de Luna sobre alterações de forma e crescimento de asas em humanos, e me falaram sobre magias de transmutação que altera o corpo conforme a vontade do conjurador, mas esse tipo de transmutação não lhe dá toda a força da criatura equivalente, apenas certas habilidades. Foi me dito que nunca viram ninguém que ganhou todas as características e habilidades da criatura. Logo já descarto essa possibilidade.

Nesse templo, me foi explicado sobre possessão de corpos de humanos e tudo que é referente.
Acredito que meu pai, Lamnet, foi possuído e de alguma forma não está em controle sobre o corpo, mas são apenas crenças e eu preciso realmente descobrir o que aconteceu para desfazer toda a desgraça.

Fiquei por um longe tempo em Stanfort, tanto tempo que perdi a conta exata dos dias. Acredito que fiquei em torno de 5 meses na cidade. Em Stanford me falaram do templo de Luna que fica dentro da floresta da noite densa, o lugar onde a última paladina de Luna foi vista. E em poucos dias parti novamente em viagem. A viagem foi longa, pouco mais de 30 dias. Pois foi até os salões da justiça para abastecer água e comida. Encontrei dessa vez, grupo de pessoas viajando com várias bagagens e mantimentos, pessoas que diziam que procuravam um lugar pacífico para morar, que não aguentavam mais a guerra que continuava. Queria um lugar livre para viver em paz e tranquilidade, e assim caminhavam para o norte com essa esperança.

Uma noticia, pois aquelas pessoas eram de Bamberg, a única cidade que ainda estava forte na batalha contra Kroza. Continuei meu caminho e mais ao longe, vejo um grupo de soldados de Kroza, pela postura e preocupação, parecem que estão procurando alguém. Talvez Ziegfrig ou não. Infelizmente meu caminho cruzava com o caminho deles, e ao chegar perto, senti que não havia maldade e em seus olhos preocupação e receio. Alguns deles estavam machucados, outros com medo. Havia 5 soldados, 3 machucados, tinham sido acertado por uma espada, pelos cortes, possivelmente uma espada longa, mas havia mais cortes por toda armadura, escudo e carne.

- Alto lá. Quem é você e o que faz por essas terras? – Perguntou o soldado que possivelmente estava no comando.

- Sou um guerreiro de Luna soldado de Kroza, estou indo para um dos templos de Luna mais ao sul daqui, e se me permite perguntar, o que aconteceu com seus homens? Precisa de ajuda com os ferimentos? Tenho kit para melhorar essas feridas. – Ofereci ajuda por não sentir maldade em nenhum deles, mas sentia medo. Se fossem maldosos, não estaria tão encrencado, já que estavam machucados, mas ofereci ajuda, afinal precisa obter informações de Kroza e o que havia acontecido com eles.

- Estamos bem guerreiro de Luna. – Disse o soldado mais a frente, seu nome era Roberto.

- Claro que não estamos bem, olha para esses 3 Roberto, quase não conseguem andar, foi sorte termos conseguido fugir daquela maldição nessa situação. Se puder nos ajudar nobre guerreiro, ficaremos muito gratos e lhe ficaremos te devendo nossas vidas. – Disse o segundo soldado sem machucados, que era chamado de Fredy.

Retirei os kits de socorros e comecei a ajudar com os feridos.
- Mas o que lhes aconteceu soldados?

- Foi um ser, não uma maldição, não sei o que pensar, alguma coisa nos atacou na entrada da floresta. Estávamos com um grupo de 8 soldados quando fomos atacados, não lembro de ter mais que um nos atacando, mas foi terrível. Disse Fredy.

- Mas como assim, um ser? Uma única pessoa fez isso com vocês? – Perguntei.

- Não era um ser comum não, era alguma coisa amaldiçoada pela floresta. – Falou o soldado Ferris. Esse estava muito machucado.

Todos eles estavam nitidamente amedrontados, principalmente quando falavam sobre o acontecido.

- Mas e os demais soldados? E como esse ser era? Vocês se lembram de algo sobre sua forma? – Questionei novamente.

- Nos dividimos quando a criatura nos atacou e vimos que não conseguiríamos vence-lo. Corremos cada grupo por um lado. Acredito que nós tivemos a sorte de não sermos seguidos. Agora o outro grupo... MERDA....... acho que eles não conseguiram. – Falou meio nervoso Ferris.

- Ele era da altura de um humano, muito ágil e preciso, sabia exatamente o que estava fazendo. Ele tinha olhos vermelhos, pele meio escura, mas pode ter sido impressão por causa da escuridão da floresta. Ele nos atacou com duas espadas, uma longa e outra mais curta. – Disse Roberto.

- A cada corte com sua espada, eu me sentia mais fraco, aquelas lâminas estavam amaldiçoadas também. – Disse Cortes, o soldado mais machucado.
Eles estavam mesmo assustados com o ocorrido.

- Me digam, onde vocês encontraram essa criatura? – Perguntei preocupado.

- Não, não vai atrás dele, você irá morrer, ele irá te matar, como queria fazer conosco, queria comer nossa carne, comer nossos cérebros.. Não vá por ali, não vá. – nitidamente transtornado disso o soldado Jonathas.

Quando Jonathas apontou em direção suldoeste, vimos alguém se aproximando. Usava uma capa branca, carregava uma espada embainhada na mão direita e na esquerda uma mochila. Aparentando ser um peregrino.

Levantei-me, fiquei entre o peregrino e os soldados.

- Boa tarde viajante, como está indo a viagem? – Perguntei ao peregrino.

- Muito Boa nobre guerreiro de Luna. Hoje o dia está mesmo cheio de surpresas. – Falou o peregrino olhando Lauzen de cima em baixo e depois os soldados.
Estranhei a forma como ele falou, mas não senti maldade.

- Está indo para onde? – Perguntei ao peregrino.

- Para lugar nenhum guerreiro da Lua. Eu viajo por essas regiões por gosto e por promessa. E esses soldados aí de Kroza aí? Fiquei sabendo que estão novamente fazendo guerras e dominando cidades. – Disse o peregrino.

Virei para os soldados e perguntei:

- É verdade o que esse viajante está dizendo?

- Em partes – Disse Roberto – o Rei nos deu ordens de caçar o traidor, guerreiro que matou a princesa, e há pouco tempo começou novamente a atacar Bamberg. A essas alturas já deve ter tomado a cidade. Nós só obedecemos às ordens que nos são dadas.

- E é seguindo essas ordens que pessoas inocentes morrer, pessoas de outros povos, outras raças. Esse rei que vocês seguem é um insano, e vocês mais insanos ainda. Todos que seguem esse rei devem começar a vida em outro plano. Mas hoje vocês estão com sorte. Estão com um guerreiro honrado de Luna com vocês, então pouparei suas vidas miseráveis de marionetes. – Falou o peregrino, alterando a cor dos olhos para vermelho, e voltando a cor normal, castanho escuro.

Virei para o peregrino com a mão sobre minha arma, e o peregrino exclamou:

- Não é preciso filho de Luna, não irei fazer nada de mal para nenhum de vocês, mas se esses soldados tentaram novamente invadir a floresta, ou cruzar meu caminho novamente, não terei piedade. Agora se quiser me seguir, posso te levar aonde desejar ir.

Os soldados todos estremeceram quando o viram, e ainda mais por saber que se passava de apenas um, um HUMANO?...não, não é possível que seja um humano, a floresta deve ter o amaldiçoado e tornado ele um não humano, alguma criatura da natureza. Bom, é isso que eles acham.

Fiquei intrigado, com tudo aqui. Não poderia acreditar no que estava acontecendo. Mas qual a opção que tinha? vasculhar a floresta até achar o local onde o templo ficava? Poderia morrer antes de achar.

Deixei o kit de socorro com os soldados e falei:

- Cuidem-se, se quiserem proteção, poderão encontrar nas cidades a norte daqui. Mas tirem essas armaduras, elas estão amaldiçoadas.

Segui com o peregrino até a floresta. No inicio da caminhada fomos os dois calados, até que perguntei:

- Como é seu nome protetor da floresta?
- Laeir. – Disse.
- Prazer, sou Lauzen.
- Eu sei muito bem quem és, só espero que não me atrapalhe.
- Atrapalharia como? – Perguntei.
- Não fique na minha frente quando estiver caçando soldados Krozanos.
- E por que eu ficaria?
- Por causa que é o seu reino por direito. Só estou lhe ajudando porque você já esteve na cidade élfica, e o grande sábio lhe ajudara.
- Fico grato. Mas por que está caçando os soldados?
- Olha aqui, se ficar fazendo um monte de perguntas sobre minha vida, eu lhe deixo aqui mesmo, e saiu andando. Estamos entendidos? Não quero conversar, pelo menos não por enquanto.
Apenas concordei com Laeir. Algo aconteceu com ele, algo trágico, e ele ainda não está preparado para lidar com isso. Tudo ao seu tempo.

Chegando aos limites da floresta, Laeir assovia e um lobo rapidamente aparece. Parece que Laeir fala alguma coisa para o lobo, olha para mim e fala:

- Ele irá te levar até o templo. Siga-o. Durante a noite ele irá parar para você poder descansar. Não se preocupe que a floresta agora está segura.

- Agradeço sua ajuda, se algum dia quiser conversar, ou precisar de ajuda. Conte comigo. – Agradeci Laeir.

- Não irá precisar, esse dia só chegará quando eu não estiver mais aqui. Agora vá.
Quinze dias andando pela floresta, chegamos até o templo de Luna. Ao me deixar ao gigantesco templo, o lobo partiu.

Este é sem dúvidas o maior templo de Luna que já vi. Um lugar extremamente grande...

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