sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Bors Drago, Rei de Dragônia

Nome: Bors Drago (Antigo Boro)
Jogador: Danilo
Raça: Humano
Classe: Guerreiro / Warblade
Tendência: Leal e Neutro
Religião: Nenhum
Idade: 632 anos (Aparência de 25 anos)
Aniversário: 07/07
Peso/Altura: 94 kg/ 1,80m
Música tema: Lost - Avenged Sevenford


• Novo Background (Adicional ao Antigo):

- ACORDE, MEU FILHO...

E Bors levantou sua cabeça. Estava em meio a uma cela suja, não mais confortável que a sensação de desespero, que o desprezo que sentia por si mesmo. A última imagem em sua mente eram suas lâminas atravessando o corpo de seu pai. E após isso, as mesmas lâminas no corpo de uma garota. Mas ali as mãos não eram suas. Eram de uma criatura mais brutal e rústica.

A princípio imaginou que tivesse sido preso após o ocorrido com seu pai, Klaus Drago. Mas lembrou-se ainda da revolta que estourara quando da morte do mesmo naquela prisão. Então olhou em volta e percebeu. A cela estava aberta. E o lugar, todo ele, consumido pelo tempo. A cela era mais sem vida que antes, as grades já não se fechavam sem se quebrarem. Caminhou para fora da cela e deu de cara com o restante do lugar nas mesmas condições.

Aquela prisão que havia sido o orgulho dos justiciares, estava entregue ao tempo, estava entregue às lufadas de aeros e à fome de aros. Não entendia. Parecia que tinha dormido por milênios. Que profano castigo lhe havia sido sentenciado, a ponto de apodrecer junto com este lugar? Caminhou até uma sala da guarda e avistou um espelho. Andou em direção ao mesmo, precisava saber...

- Impossível. – disse Bors. O espanto e a inquietação em seus olhos e ao tocar sua imagem refletida..

- Realmente digna de espanto, essa sua imagem – Disse a voz que vinha de trás de Bors.

Por mais espantado que estivesse com sua aparência jovem, Bors não pode se conter e virou em direção a voz. Um giro rápido e preciso, como se tivesse algo em suas mãos para se defender.

Era uma figura turva e translúcida que lhe dirigia a palavra. A mesma parecia um soldado, de seu reino, um oficial. A forma lhe fitava e caminhava para trás, em direção a um grande salão. Bors nada podia fazer a não ser segui-la. Ao chegar ao meio do salão, o ser fantasmagórico parou e fez um gesto. No mesmo momento, o restante dos habitantes daquele lugar abandonado começava a surgir. Guerreiros feitos de ossos, lobos também. Espíritos semelhantes ao do soldado, formas negras como a encarnação de um pesadelo. Todos os tipo de mortos que tiveram seu descanso perturbado por algum motivo estavam ali, parados, atrás do soldado, fitando a figura de Bors com, estranhamente, calma...

Perplexo Bors disse ao soldado:

- Então é isso? Esta é a penitência que os deuses escolheram pra mim? Que seja então. Dêem-me uma arma, uma lâmina qualquer, pra que eu possa batalhar pela eternidade com vocês.

- Haha. Nunca, meu rei. – se adiantou a estranha figura. – Não há penitência nesse lugar para você. Há apenas um recomeço, uma nova chance. Por 600 anos esperamos este dia. Por 600 anos sofremos nessas míseras formas de existência do além vida, esperando que você retornasse. Espero que saibas, após minhas palavras, o que deves fazer. Espero que nos liberte deste tormento eterno, e busque reaver o que lhe foi tirado. De você e do seu povo. Ou melhor, de nós. Acorde agora grande rei, desperte desta prisão em sua mente. Desperte e levante-se novamente! Sua majestade! O Grande Rei Bors Drago!!!

Bors não pode evitar, caiu num joelho, como na nomeação de um cavaleiro. Seus sangue fervia novamente, seu coração palpitava acelerado, seu olhos ardiam mas não em chamas de ódio. Eles ardiam da luz que agora saía de cada ser que ali estava. Aos poucos eles iam tomando uma nova forma. Aos poucos cada um deles se mostrava uma imagem de um soldado, de um leal criado, de um conselheiro, um de seu povo. As almas atormentadas estavam retomando seu lugar no descanso eterno de prometeus. Ao que cada imagem desvanecia, balbuciavam palavras de agradecimento e encorajamento ao seu rei. Cada uma delas pediu para que a paz fosse restaurada neste mundo. Para que seu povo pudesse se reerguer juntamente com seu glorioso rei.

Bors sabia o que deveria fazer. Bors sabia que os deuses haviam lhe dado outra chance. Sabia que seu pai havia lhe perdoado e, ao mesmo tempo, se conscientizado de tudo que lhe causou.

Ao erguer-se novamente, percebeu que uma imagem não havia ido embora. Pelo contrário. Aquele que lhe falava anteriormente, o primeiro soldado, tomou sua forma em carne novamente. Aquele não era um simples soldado. Era seu amigo, seu parceiro no reinado, seu conselheiro. Era aquele que seguia o deus que nenhum humano jamais entendera, e que sempre protegeu e olhou pelo sangue dos Drago. Era Trian, portador do Tomo de Platina. Trian, clérigo de Bahamut.

O velho amigo sorriu, fazendo uma revrência a Bors, que logo em seguida se ergueu e pousou a mão sobre o ombro do amigo. Olhos o mesmo nos olhos justos e disse:

- É chegada a hora, velho amigo. Eu retornei, em carne e alma. Eu retomarei o que é meu e de meu povo por direito. E dessa vez eu não os abandonarei como antes. A nação vai se reerguer. O mundo vai saber novamente, quem é Bors Drago. E aqueles que tiraram isso de mim, que tiraram as terras de meu povo e paz dessas mesmas terras, aqueles que usurpam meu trono, cairão, como os lacaios do mal e da discórdia que são.

• Background Adicional Ato II (Narrado por Trian, Sacerdote de Bahamut):

Bors, assim que recuperou consciencia e assumiu seu destino, tornou-se outro.
Determinado e centrado, por meses a fio eu o vi praticar, praticar e praticar para recuperar suas habilidades com a espada. Por mais que agora fosse o mesmo de antigamente, parecia que havia regredido de certa forma quanto ao seu poder.

Com tanto rodando a mente do rei, eu tratei de descobrir como estava o mundo. Porém, os arquivos da prisão eram muito antigos e minhas conversas com o grande dragão de platina não estavam muito esclarecedoras.

Não precisei forçar a situação visto que, após alguns meses, Bors me procurou para dizer que partiríamos. Ele queria conversar com um velho conhecido, alguém a tempos muito sábio e que ele sabia que ainda vivia. Sir Falkwin, Guardião da Morada dos Imortais.

Para que pudéssemos sair dali, quatro criaturas se apresentaram a nós. 2 Asperi, enviados de bahamut com certeza, e dois cavalos de ossos. Fiquei surpreso pois eram as únicas criaturas do reino dos mortos que continuavam ali, aguardando como guardas na porção de terra mais próxima da ilha onde os asperi nos deixaram. Ao avistarem Bors, as criaturas fizeram um gesto de reverência e se tornaram cavalos normais novamente. Então os reconheci. E vi uma lágrima escorrer pelo rosto do Rei. Aqueles eram Vórtice e Vendaval, os cavalos de seus filhos Maahes e Bastion, respectivamente. Montando em Vórtice e comandando Vendaval para obedecer minhas ordens, o rei se recompôs e então partimos.

Viagem árdua, a maior que já fiz por sinal. Após meses de viagem, confrontos com patrulhas krozanas e desvios para evitar grandes tropas e cidades dominadas, tivemos pouco tempo de descanso em alguns vilarejos que eram insignificantes demais para os olhos tirânicos de kroza. O tempo todo Bors passava mensagens de esperança para aquele povo. Dizia que tudo iria voltar aos tempos de glória, que iria reerguer o reino de Dragonia mais uma vez. E não foi diferente quando chegamos a um ponto importante da viagem até a morada. Havíamos feito muitos desvios, e algo no caminho nos espantou. Era uma cidade pequena, comparada as grandes capitais, centros bélicos e comerciais. O motivo de espanto poderia ter sido a fortificação, as patrulhas e a quantidade de pessoas preparada para conflito. Mas isso não era mais uma novidade neste mundo. O que nos espantou mais foram os dois estandartes hasteados no alto da muralha.

O primeiro, com brasões simples, deduzimos que era o da cidade. Mas o segundo, que prendeu os olhos de Bors e o fez gritar palavras de agradecimento aos deuses e dizer para mim que a chama ainda estava viva. Era o estandarte invencível, cujo mero tremular ao vento faz tremer qualquer oponente. Era o estandarte de Minoria, a fortaleza dos anões.

Bom. Mesmo amigos de outrora, os tempos eram outros. Demorou um bom tempo até que algum sábio adentrasse a sala de interrogatório e se espantasse com as proclamações de majestade de Bors. Ele não fez o estardalhaço de início, mas os humanos daquela cidade foram muito impetuosos ao nos interrogar, fazendo com que ele perdesse a paciência. Mas ainda assim, mesmo o sábio dos anões sabendo da historia de Bors custou a acreditar que ele havia retornado.

Mais um bocado de conversa necessário até que um capitão das tropas de Minoria adentrasse a sala e reconhecesse Bors. O anão não tinha idade para tal. Mas disse que conheceu Bors com uma aparência diferente, e sabia que ele tinha sido responsável por enfrentar o rei de kroza e pela expulsão do demônio. As peças se juntaram e finalmente, depois de longos anos, estávamos entre amigos.

Mais alguns anos se passaram enquanto ficamos entre as tropas de Tizar. Anões, humanos e até o orcs se aliaram naquele lugar para resistir as investidas krozanas. Bors se informava com os humanos sobre a situação das terras e dos combates, treinava suas habilidades de esgrima contra os poderosos orcs e em algumas ocasiões ajudava a cidade na defesa da mesma. Eu logo me encarreguei de procurar os sábios anões, e aprender mais sobre a conjuntura atual do mundo.

Tudo que aprendi foi passado para Bors, que algumas meses antes de partirmos, havia se reunido com um amigo anão de grande habilidade para algum tipo de treinamento secreto que não havia me contado. Chegado o momento de partirmos, eu vi o porquê. Bors saiu de uma tenda, e por instantes, o vi entrando pelo salão do trono novamente. A reunião com o anão, por meses a fio, foi para forjar uma armadura. Não qualquer uma. Era uma armadura de batalha digna de um rei. Feita do famoso mithral, a armadura de batalha completa parecia servir a Bors como uma luva, trazendo-lhe parte de toda aquela imponência de volta. O metal perfeitamente forjado pelos anões, fora trabalhado em seus contornos com a cor predominante do Reino de Dragonia, o vermelho. O escudo de aço que Bors portava havia sido trabalhado da mesma forma, mas não forjado daquele metal poderoso.

Quando da hora de partir, Bors repentinamente me informou que não rumaríamos mais para a morada. Sir falkwin estava ocupado demais para receber visitas. Dizia ele que eram palavras do líder dos anões, que conhecia falkwin melhor do que nós. Sem questionamentos meus, obviamente, seguimos para norte, em direção à Nextar e à velha torre do poderoso e benevolente Arcanus. A princípio pensei que poderia ser uma alternativa para a sabedoria de Sir Falkwin, mas não. Bors já tinha outra coisa em mente. Precisava encontrar alguém, um cavaleiro do recém-caído reino de Cormyr. Com ele, encontraríamos parte de algo que fora uma vez o símbolo do poder do Rei de Dragonia e que foi dividido entre seus filhos para que pudessem reinar. Com ele, talvez encontrássemos Caex, a lâmina do grande rei.

A viagem foi diferente dessa vez. Cauteloso, Bors não dizia seus nome e propósito a qualquer um. Se os ouvidos do rei de kroza escutassem, estaria tudo perdido se nos encontrassem nesse momento. Porém, a cada vilarejo, em cada cidade que passava, Bors conhecia pessoas, fazia amigos, criava alianças com alguns. Pessoas que se mostravam descontentes com a situação, que eram contra kroza, mas que não tinham como resistir. Bors fez questão de colocar em uma posição de referência para cada uma delas, mostrando que ainda deveriam ter esperança. Realmente era ele de novo.

Após meses de viagem mais uma vez, chegamos à Nextar. A torre de Arcanus se erguia soberana no meio da cidade. E dessa vez ostentava nova decoração. As marcas dos projéteis das armas de cerco de kroza, que explodiam ao encontrar a torre e certas outras estruturas da cidade, lá deixavam sua impressão.

Após nos identificarmos como meros viajantes, adentramos a cidade...

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