sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ragnoz, O Domador de Trovões

• Nova Música Tema: Bad Blood - Ministry



•Background Adicional:

Eu retomo a consciência, sentindo dor em todo o corpo, a luz do sol me cegava, senti que meu braço direito estava imobilizado, teria eu quebrado o braço? Virei-me pra evitar a luz do sol, e ajoelhei, não sabia onde estava, mas senti a grama quando toquei o chão, pelos cuidados de meu braço pude presumir que estaria entre aliados, mas quem? Antes que conseguisse abrir os olhos ouvi uma voz falando em élfico “Olhe chefe um deles acordou” enquanto eu tateava meu rosto e via que estava sem capacete, a vista ainda embaçada e eu via dois vultos vindo em minha direção, já quando estavam a minha frente eu pude ver era Morbius, o líder dos drows, assim sendo meu líder também, ele disse pra mim “está bem Ragnoz? Você voou bastante durante a queda daquele navio, Teve sorte em ter só fraturado o braço e algumas costelas, infelizmente não contávamos com clérigos em nosso grupo então só o curamos com métodos tradicionais”, eu disse pra ele que não era nada serio, pelo menos eu conseguiria agüentar até poder contar com minha cura novamente, eu perguntei onde estávamos e como eles me acharam, e ele explicou que na investida contra Kroza, os elfos restantes tinham formado uma aliança para investir junto com os demais atacantes.

Na hora eu ainda estava zonzo não consegui prestar atenção em todos os detalhes, ultima coisa que me lembrava era de Brass estar caindo quando lutava com o demônio, ele explicou que o navio caira, eu estava caído embaixo de alguns destroços sem capacete, dois batedores me socorreram, dito isso ele acrescentou que permaneci um pouco mais um mês desacordado, então eu levantei, com a ajuda deles estava muito debilitado e fraco, me entregaram uma muleta, pois eu acreditava estar com uma fratura na perna também, já que não conseguia apoiar aquela perna.

Enquanto eu comia observava o acampamento, todas as nações élficas se encontravam lá, nos éramos os menos numerosos e os outros discutiam sobre se retirarem pras florestas ao norte, uns falavam pra continuarem aqui, Morbius ou qualquer drow entrou na discussão, mas eu questionei o que Morbius pretendia fazer, ele disse que ao norte, acima de Tizar tinha uma cidadela subterrânea perdida, onde era o antigo império drider, mas que hoje não passa de um grupo de pequenas colônias espalhadas, e lá provavelmente encontraríamos um lugar pra reconstruir a cidade drow, de imediato eu disse que iria com ele, se mostrou muito agradecido e disse que seria de grande ajuda, perguntaram se eu desejava minha armadura, eu disse que não voltaria usar aquela armadura de Kroza, e que já tinha usado artefatos humanos por muito tempo, apenas queria minha armas.

Ainda permanecemos no acampamento por dois dias, me curei do ferimentos, no amanhecer posterior ao meu despertar, curei todos os feridos, conforme a minha capacidade e ao terceiro amanhecer partimos, fomos pra entrada da antiga cidade subterrânea, pegamos todas as coisa uteis que conseguiríamos carregar, ao todo éramos 33, 16 mulheres e 17 homens, ainda achamos 7 crianças e mais 5 adultos que se abrigavam nas ruínas da cidade que fora atacada, e partimos por caminhos subterrâneos, aranhas enormes sobre o comando de Morbius e outros magos carregavam o que ia alem da nossa capacidade, durante dois meses e meio viajamos até chegar à antiga capital do reino drider, antigas lendas dos bardos drows diziam que era ali onde Lolth a deusa padroeira de minha raça tinha morado há dois milênios atrás, antes de deixar esse plano.

Chegado ao local começou um reconhecimento rápido, alguns batedores vasculharam as cercanias a capital, haviam algumas colônias a uma distancia considerável de lá, os batedores voltaram só depois de algumas horas, e começaram os esforços para reforma do lugar, suas construções estavam abandonadas, mas não destruidas, então levamos meses para reestruturar toda a cidade, contavamos com mais casas que moradores então, demoramos cerca de quatro anos e meio para restruturar tudo, eu orgulhosamente posso afirmar que tive um intenso envolvimento no trabalho, sempre que possível estava ajudando no que era necessário, era conhecido por todos da cidade, até fui agraciado pelos otros drows com o titulo de “Domador de Trovões” titulo que excede meu poder, mas fiquei lisonjeado, tanto que abandonei o “Clérigo de Bronze”.

Todas as manhãs saia do subterrâneo para fazer minhas preces a Tempest, sonhava constantemente com Selanie, e planeja ir buscá-la, sabia que ela estava em Tempest, dentro de mim eu sabia disso, mais um mês de passou, nesse tempo todo me aproximei muito de Morbius, nos tratávamos com afeto e nos tornamos bons amigos, alem dele desenvolvi muita amizade com Lorten a ferreira da cidade, com ela aprendi muito sobre esse oficio, eu reclamava muito de quando eu viajava e tinha de apelar às habilidades de ferreiros às vezes não tão bons para lidar com minha armadura, então ela decidiu me ensinar a fazer concertos, atrevo-me a dizer que gosto mais dela do que devia.

No dia seguinte fui conversar com Morbius, avisá-lo que iria partir em alguns dias, ele pensou q eu ficaria mais tempo, mas entendeu os meus motivos, ele disse pelo menos que antes de sair voltasse a casa dele para despedir-se que ele teria algo para mim, no mesmo dia fui conversar com Lorten, ele ficou chateada, mas me fez prometer que voltaria, caminhou até a bancada, pegou um sabre, voltou até mim e me entregou a arma que possuía meu nome entalhado na lamina negra contava com alguns entalhes de Tempest na empunhadura e sua bainha era toda trabalhada, era um sabre de ótima qualidade feito pra mim, na hora sem pensar não contive meus sentimentos e a abracei forte e a agradeci lhe dando um beijo, e dei minha palavra que voltaria.

Momentos antes de partir fui até a casa de Morbius, lá ele pediu para que entrasse, agradeceu por tudo que fiz, por ele e pela cidade nesses quase três anos, eu agradeci ele por ter me mostrado que meu povo é mais do que os contos humanos contavam, ainda podem existir criaturas odiosas iguais as dos contos, mas aqui foi provado que existem dos nossos capazes de ser bondosos. E ele quis me presentear por ter ajudado a levantar a cidade, não só ela mas à moral do povo, fiz o papel de sábio da vila durante todo esse tempo, então ele caminhou até um baú no meio da sala o abriu e de lá retirou uma armadura drow, uma loriga negra, e disse que aquela armadura pertencera a um grande guerreiro do passado e que ela tinha sido abençoada por Lolth, completou dizendo que sabia que Lolth era maligna, mas o caos da armadura era compatível com aquele existente era compatível com o do meu coração, e como um drow, eu devia carregar uma benção de nossa Mãe, eu a vesti e nunca havia vestido uma loriga tão leve, ela era diferente das demais, não sabia se magicamente ou se fora feita pela própria deusa, mas aquela era uma armadura esplêndida, e feito isso nos despedimos, e tomei meu caminho para o norte, ele ainda ofereceu montaria mas eu recusei, pois iria para Tempest sozinho, peregrinando.

A viajem para Tempest tomara três meses, eu viajava sozinho novamente, coisa que não acontecia desde que chegara a Cormyr, dessa vez tudo acontencia de maneira diferente, enfrentava olhares temerosos sempre que encontrava com alguem, agora eu não era mais apenas um clerigo de Tempest, mas mostrava minha origem. Uma viagem consideravelmente tranquila até as divisas de Tempest, pois o terreno de lá é todo acidentado e castigado pelo clima caotico, dentro dos territorios tempestuosos andei mais alguns dias até chegar ao templo, nunca havia visto templo igual, era gigantesco, e eu me encontrava parado na frente do templo pronto pra entrar e reencontrar Selanie, minha irmã mais nova q eu não via a mais de 120 anos, me peguei imaginando como ela estaria agora, seria ela uma cleriga mais forte que eu, teria ela mudado muito?

Nenhum comentário:

Postar um comentário