sábado, 2 de outubro de 2010

Capítulo 16: Reviravolta

Data do Jogo: 02/10/2010

Conforme navegávamos, em direção ao Porto das Tartarugas, acabei notando que a cada dia que se passava, parecia que eu começava a envelhecer 1 ano. E esse efeito parecia não estar restrito apenas a mim, mas sim para meus outros companheiros...

Conforme desembarcamos, já tiramos nossos cavalos e avançamos rapidamente em direção a Floresta, sem parar nem para descansar ali. Mais alguns dias se passaram, e mais envelhecimento veio. Continuamos seguindo por mais alguns dias, sem maiores preocupações....até que em determinado momento, um ser surgiu por entre as árvores secas daquele local. Eesha, ou pelo menos parecia. Em pouco tempo se declarou como Orcus em pessoa, utilizando apenas como casca o corpo de Eesha.

Dizia ele que ele vinha em paz, querendo ajudar. Em poucos segundos, Lauzen acabou desmaiando em cima do próprio cavalo...não sei por qual motivo, mas coisa boa não deveria ter sido.

Debatemos por vários minutos até que Eesha, ou Orcus, falasse seu plano. Ele impediria a continuidade da “Maldição” de Prometheus que estava nos envelhecendo, e nós simplesmente continuaríamos com nosso plano para impedir o Deus da Morte. Ele sairia ganhando de qualquer maneira.

Lauzen, já desperto, recusou veemente a oferta e passou a cavalgar para longe. Eu me recusei, pelo simples fato de que não faria um pacto com o demônio que destruiu Cormyr, e me retirei. Bors veio junto conosco, e apenas [insira nome do Ladino], o ladino e Ragnar ficaram. Lauzen então, quando já havíamos nos distanciado, sentenciou o que eu concordaria. Não poderíamos confiar nos que ficaram lá. Eesha já havia o feito no passado...e terminou como terminou.

Ambos os que ficaram para trás, se uniram momentos depois...e continuamos avançando. Mais alguns dias se passaram até que avançássemos para próximos a uma vila que ficava não muito longe da floresta. Uma Vila de refugiados e fugitivos de Cormyr. A maioria já se encontrava em suas casas, mas um, especificamente 1 ficou do lado de fora. Aquele eu já conhecia a muito tempo...A única pessoa a saber do meu segredo com a princesa, e também o melhor cozinheiro que o Castelo já havia tido. Millo.

Rapidamente me aproximei e me apresentei ao antigo cozinheiro, que mantinha-se lendo um livro enquanto guardava um pequeno caldeirão que esquentava na fogueira. De início não me reconheceu (Pelos dias que passaram desde o encontro com Prometheus, todos no grupo haviam envelhecido 13 anos), mas depois de uma rápida explicação tudo se acertou.

Com a aparente fome do grupo, Millo pegou alguns ingredientes e passou a corta-los e jogar dentro do Caldeirão, para momentos seguintes solicitar minha ajuda para carregar o caldeirão da “sopa” para sua casa. E para lá nos guiamos. Iamos comendo a refeição servida por Millo (que era gostosa além de extremamente revigorante), quando um ser abriu a porta da casa, e estendeu para o (insira nome do ladino). O ser logo elogiou o aroma da comida, e Millo serviu uma caneca para o mesmo, que ao baixar o manto, se revelou como novamente Eesha.

Bors e o ladino logo foram para o lado de fora para conversar com o demônio, e Lauzen do lado de perto, ficou próximo a porta para ouvir a conversa. Nesse intervalo, passei a narrar tudo que havia ocorrido nos últimos tempos para Millo, e quando acabei, Lauzen logo me informou que Bors também havia aceito o “presente” de Orcus.

Quando os 2 voltavam a entrar na casa, já perguntavam a Millo porque não havia falado que era um Arcano. De fato, até eu fiquei surpreso em descobrir que o antigo Cozinheiro era agora um Mago muito bem informado. Millo então passou a contar o que havia ocorrido desde sua saída do Reino caído.

Contou desde quando acabou encontrando a princesa após a queda de Cormyr, até ao nascimento do Ser Perfeito. Dizia ele, que estavam ele, a Princesa, um Guerreiro Norus e um outro acompanhante. Este especificamente, acabou levando a criança após alguns anos, deixando um bilhete onde anunciava que era Prometheus. Pouco tempo depois, o pequeno grupo foi atacado pelos Carnificinas...e a princesa veio a morrer. Isso. Morrer. A última chama da família real de Cormyr, Protegida e grande amada desde cavaleiro que aqui escreve, havia morrido.

Nos segundos sequenciais, não cheguei a prestar atenção nas palavras ditas. Comentavam algo sobre um pergaminho, sobre os Sorvedores de Almas (Seres colocados por Prometheus no plano com o intuito de levar as almas para o plano dos mortos), e um ritual. Após muita, e muita conversa...decidimos seguir para o Templo de Luna, conforme indicado por Lauzen. Tentando adiantar as coisas, Millo procurou em seus itens por algo que ajudasse...e encontrou um pergaminho de teletransporte.

Millo disse que conseguiria aumentar a potência do item, e levar a todos. E realmente o fez...abrindo um corte no próprio braço. Quando nos demos por si, estávamos no meio do templo, cercados de Clérigas e Amazonas de Luna, que nos apontavam suas lanças. Ao ver Lauzen, elas logo as baixaram, e correram para chamar a sumo sacerdotisa. O ladino e Millo começaram a conversar com elas, indo para lá e para cá, chegando a ignorar os companheiros que queriam conversar com eles (como eu para Millo).

De qualquer maneira...em poucos momentos, a Sumo Sacerdotisa acabou se revelando, vestindo uma armadura de combate e capa azul. Após uma rápida conversa ela explicou que Luna já não estava atendendo a eles, e que também, ninguém conseguia utilizar os poderes da deusa. Aparentemente, ela estava concentrando suas energias.

Foi quando todos foram surpreendidos pela voz de Eesha, afirmando que ele havia avisado, mas que vinha em paz ao templo de uma deusa pacífica. A Sumo sacerdotisa solicitou que não atacassem o demônio e nos dirigimos para um salão mais isolado.

Lá, Eesha ofereceu pela última vez o presente aos que não haviam aceitos. Alegando muitas coisas, até mesmo sobre a Princesa...

Naquele momento, ou decidíamos por enfrentar Prometheus de frente, sem que sua maldição nos afetasse mais...ou morreríamos procurando um jeito.

Com a preocupação do conflito com o Ser Perfeito, Bors então disse que abriria mão e si. Descobriria a fraqueza da criatura com Orcus, e pagaria posteriormente o preço. A única condição seria que eu e Lauzen dividíssemos o Reino novamente, dizendo que tinha a frente dele os dois reis.

Com um ditado antigo, “O Inimigo de meu inimigo é um problema para depois. Por hora ele pode ser útil.” Foi aplicado. Eu e Lauzen finalmente, aceitamos a “proteção” de Orcus, e passamos a sentir a localização de nossos Sorvedores. O Plano era simples. Matar o Sorvedor, Realizar o ritual e ir com o próprio corpo para o Mundo dos Mortos.

Lauzen foi o último a aceitar o contrato e apertar a mão de Eesha. Naquela hora, ficou também claro o porque de Orcus dizer tantas vezes que o corpo era fraco e não o suportaria muito mais....logo após apertar a mão do paladino, o Thiefling riu...e explodiu em uma nuvem e sangue e carne. Eesha deixava de existir.

Sinceramente? Mesmo com esse plano louco, eu não tinha muito a perder. Mas eu não cairia tão fácil. Cormyr iria renascer ainda. Infelizmente, sem a princesa.

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