quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Epílogo Ato II - Capítulo 26: O Plano

Data do Jogo: 27/01/2010

Antes mesmo de poder tomar minha decisão, Millo se pronunciou, dizendo que alguem mais deveria tomar essa decisão. Mia deveria se impor, uma vez que isso tudo também a afetava de certo modo.

Questionei Mia, sobre o que ela desejava daquele momento em diante, bem cabisbaixa, ela respondeu, que faria a vontade de seu pai. Pedi a Prometheus que chamasse por meu filho, que gostaria de ve-lo em sua forma verdadeira. O deus da Morte chamou então por um Norus, praticamente adulto. Portava grandes asas, e cerca de 6 chifres por entre os cabelos. Prometheus disse, que essa era a forma verdadeira dele. E ele teria nascido desta maneira, se ele não tivesse interferido.

Novamente, depois de fitar meu filho, virei-me para Mia, e perguntei se ela tinha certeza da resposta dela. Millo dizia para Prometheus, que fosse qual fosse o acordo que Elenor tivesse proposto com ele, Millo não aceitaria trocar a vida dos amigos pela liberdade. Preferiria continuar a sofrer a maldição imposta por Prometheus, de continuar vivendo várias vidas sem atingir nunca seu máximo potêncial.

Eu por minha vez, havia decidido ali. Se Mia de fato me amasse, ela entenderia minha decisão. Conforme Prometheus disse, que Mia o seguiria porque era o que os filhos deveriam fazer, devolvi a mesma afirmação do Deus da Morte, informando que iria pegar meu filho, e voltar ao plano Material. Se Mia quisesse, me seguiria, assim como eu esperava que fosse. E assim, disse que partiria assim que os outros chegassem.

Prometheus riu, e disse, que se queriamos tanto esperar, que assim fosse. Lauzen chegaria, daria a ele o livro e todos nós partiriamos, mas que agora, eu e Millo iriamos esperar de fato, e lançou sobre nós uma espécie de feitiço paralizante...não sei descrever, apenas sei que ficamos sem poder nos mover, e com uma dor imensa por todo o corpo.

Não demorou muito para que Lauzen e Tillian aparecessem. Prometheus recebeu Lauzen clamando para ele ser mais racional que todos nós. Perguntava o que ele fazia lá, sendo que ele, como Deus da Morte havia dado a vida, o mundo, e praticamente tudo aos seres vivos, e nós, estavamos lá invadindo seu castelo para derrota-lo, uma grande heresia. Mas, Prometheus disse, que como o Grande Deus, perdoaria nossa invasão e nos deixaria ir todos devolta a nosso mundo...bastaria que Lauzen lhe entregasse o livro.

Lauzen por sua vez, disse que o livro não estava com ele. Prometheus discordou e dúvidou da palavra do paladino, paralizando no ato aos outros integrantes do grupo. Em seguida, ordenou ao Ser Perfeito, que nos revistasse. E assim ele o fez, revistando a nós e nossas mochilas. Após passar por Millo, o último a ser revistado, o Ser apenas negou com a cabeça que o livro estivesse ali, para logo em seguida caminhar na direção do Deus da Morte. Assim que se prostou a frente do mesmo, o Ser Perfeito puxou sua espada e a trepassou no peito do Deus da Morte, para surpresa de todos.

O Ser perfeito em seguida, levou a mão até o local onde não havia um dos olhos (Denominação do apelido, Um Olho, que ele tinha), e abriu a pele, revelando um agora olho demoníaco. E em seguida, ele falou, em um tom gutural e um tanto demôniaco.

"Enfim Prometheus, venho até ti, em um corpo que posso derrota-lo."

A voz vinha daquele que claramente conheciamos. Orcus. Mia se encolhia no trono, claramente amedrontada, Orcus por sua vez se virou, sorrindo. Disse a nós que assim que terminasse com Prometheus, como agradecimento por termos ajudado ele, ele nos mataria logo em seguida....Porém, o sorriso do demônio, logo desapareceu. Prometheus por sua vez, mesmo que sangrando, sorria, e logo depois, passou a puxar a espada contra si mesmo, respondendo a mesma altura.

"Orcus seu Imbecil. Você acha mesmo que eu não sabia que você faria isso? Você não pode roubar meu poder divino, pois eu já não tenho mais!"

Naquele momento, Prometheus começou a cuspir muito sangue. A Face de Orcus já mudava drásticamente para o desespero. O demônio tentava se soltar, e Prometheus o segurava, o sangue começava a envolver a ambos, e foi nessa hora que o feitiço de paralisia se soltou. Nessa hora, corri até Mia que estava próxima a ambos, e a afastei. E foi quando uma Terceira voz, surgiu, um homem carregando um tridente logo se aproximou. Claramente, o Deus Ocean.

Prometheus por sua vez, olhava para o demônio que tentava se soltar desesperadamente, e dizia ao mesmo, que daquela prisão, ele nunca mais sairia. Que tudo tinha corrido conforme ELE havia planejado. E agora, era hora de dar fim nisso tudo, e então, o Deus da morte se soltou, e logo em seguida, Orcus e uma área em volta do mesmo congelou, trancando o demônio dentro do corpo do ser perfeito, possívelmente para sempre.

Prometheus sentou-se em seu trono, ainda perdendo muito sangue. Mia colocou-se ao seu lado, segurando a mão do Deus da Morte, que logo passou a falar, e pediu desculpas, uma vez que tudo se tratava de um plano para prender Orcus, de uma vez por todas. Não havia luta com Solaris, não havia guerra, tudo havia acontecido para prender o espírito daquele que já tinha o corpo lacrado.

Ocean tomou a palavra, falando que o plano havia sido desenvolvido por ele e seu Tio, em uma tentativa final, já que mesmo com o corpo preso, Orcus ainda movia-se utilizando de seu espírito. A nova prisão, encerraria a liberdade do demônio. Prisão essa, que até hoje apenas 1 ser havia conseguido se libertar. O Deus Tempest. Para Orcus, utilizar do corpo do Ser Perfeito, seria a chance que ele teria de roubar a centelha divina de Prometheus, e ele mesmo se tornar um Deus, entretanto, já prevendo isso em seu plano, logo no início do ataque de Orcus, Prometheus transferiu praticamente todo seu poder para Mia, deixando apenas uma pouca parte consigo, no intuito de iludir Orcus. O plano enfim, havia dado certo, mas Orcus em si, conseguiu absorver pouca parte do poder, e elevar-se a divindade.

Millo e Lauzen por essa hora, já tentavam curar Prometheus. Lauzen dizia, que apesar de tudo ele simplesmente não deixaria nínguem morrer daquela maneira. O deus da Morte sangrava sem parar, e ele mesmo dizia que nada poderia cura-lo, apenas um deus poderia fazer isso, e neste caso, uma deusa em especial, mas que ele não pediria isso a ela.

Quando questionei o porque de tudo aquilo, ele não soube responder. Apenas disse que precisava de quem ele mais confiava, eu. Pouco depois, Prometheus suspirou e fechou seus olhos pela última vez. Mia a seu lado, não expressava nada...era possível que a morte do próprio pai, já estivesse inclusa no plano...

Poucos momentos depois, o Monge que nos guiou apareceu novamente, carregando o livro que Lauzen havia lhe dado. Mia disse ao monge (Li era seu nome), que os serviços dele não mais eram necessários, e que caso ele desejasse, ela poderia liberta-lo para que voltasse ao mundo material, mesmo que, para ele, fosse algo totalmente diferente.

Ocean por sua vez, propos nos enviar devolta a nosso mundo, mas acima de tudo, pediu que protegessemos o livro a qualquer custo. Disse ele que era possível aos deuses escreverem no livro, mas que ele não o faria porque era errado. Somado a isso, Mia disse que libertaria toda a energia de Elenor para Millo, crente de que desta vez, talvez ele tivesse aprendido a lição, e Millo pediu para poder voltar ao plano material com os poderes que antes tinha.

Quando todos iam saindo da sala do trono, pedi a Ocean que me desse apenas alguns minutos, e o mesmo atendeu minha solicitação. Com a sala vazia, questionei Mia sobre o que ela faria dali para frente, e a resposta foi que seria necessário dar continuidade ao que Prometheus fazia. Também a questionei sobre o que ela sentia, e o que ela sentiu, e mesmo cabisbaixa ela respondeu que nada.

Não faria mais perguntas naquele momento delicado. Talvez, nem deveria ter feito aquela própria pergunta. De qualquer maneira disse a ela, que viveria o máximo que pudesse, uma vez que agora já tinha certeza de que enfim, teria paz ao lado dela após a morte, e depois de tanto tempo, muito a meu ver, nos beijamos.

Me voltei para o grupo junto do Deus Ocean, e o mesmo logo nos envolveu com água (Conseguiamos respirar normalmente dentro da esfera dele), e subtamente, disparamos em uma direção. Dentro da esfera, sentiamos como se estivessemos a uma velocidade monstruosa passando por dentro de um gigantesco oceano. Passaram-se vários minutos até pararmos.

Ocean nos informou que teria que nos deixar ali, mas nos lançaria o mais próximo da terra possível, pois naquele momento, outros assuntos dependiam da atenção dele. Também nos foi avisado que com o lançamento, poderiamos perder a consciência, mas que nada de danoso ocorreria.

E assim foi. O Deus Ocean nos lançou, e eu por minha vez, apaguei. Quando acordei, estavamos em uma praia. Boa parte do grupo já havia acordado, e ao contrário do que sentiamos dentro do Plano dos Mortos, chegamos exaustos, famintos e com muita sede. Depois que todos acordaram, e fomos nos organizando, um guerreiro a cavalo veio se aproximando.

Já com as armas em punho, analisamos o mesmo assim que ele se aproximou. Ele utilizava o Sol, semelhante ao dos Templários do Oeste, porém com um cálice na parte inferior da tabarda. Dizia ele, que tinha vindo para ajudar, conforme lhe havia sido confidenciado.

Quanto tempo havia passado? E quem acima de tudo era aquele cavaleiro? O que diabos teria ocorrido desde nossa partida...?

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