quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Capítulo 23: Caminho para os Mortos

Data de Jogo: 23/12/2010

Após o atrito com Argus, decidi que o melhor seria sair do quarto e ir para a praça. Um pouco de ar fresco, talvez fizesse bem.

Sentia-me como que carregando uma nova falha, que apesar de tudo, era muito mais incômoda, algo como talvez uma traição, não a mim, mas ao grupo. Antes que acabasse mergulhando nos pensamentos novamente, fui interrompido por Millo e Tillian. Ambos disseram que talvez eu tivesse dito o que nínguem teve a coragem de dizer, mas questionaram a razão de tudo aquilo.

Para ser sincero...nem eu sei. Talvez tivesse sido um jeito de reagir com uma nova morte de alguem próximo. Não dá para se saber...Mas de fato, foi mais uma morte. Mais um protegido talvez, porém desta vez havia sido diferente. Não foi um inimigo que fez o serviço...foi o próprio Bors. Após uma rápida conversa, fomos devolta a estalagem para descansar. Não que tenha sido verdadeiramente um descanso...mas deu para o gasto. Acordamos bem cedo. Ragnar já se pintava com marcas de guerra, preparado para o conflito próximo. Descemos as escadas, pegamos nossos cavalos e iniciamos a caminhada em direção aos sorvedores, ou sorvedor.

No caminho, acabamos topando com Argus. O Enterro de Bors seria no final da tarde. Seus pertences seriam então devolvidos posteriormente. Como estavamos sem tempo, pedimos para ele ficar com os equipamentos que voltariamos para busca-los. E seguimos em direção ao destino.

Caminhamos por um, ou dois dias sem parar, até avistarmos os acampamentos. Sabia que o meu sorvedor estaria lá, assim como o de Ragnar. Caminhamos mais um pouco, nos aproximando bem devagar. Foi quando particularmente, eu fui surpreendido. A voz que chegou a meus ouvidos, vinha de um antigo conhecido. Tenner, o Warlock, e seu amigo, Urlag o Bárbaro. A última vez que tinha encontrado esses dois, havia sido no Colisseu, anos atrás.

Conforme Tenner apareceu, Urlag também saiu de dentro de uma das barracas. Ele e Ragnar não pararam de se encarar, ficava claro que o Sorvedor de Ragnar era Urlag e o meu era Tenner, mas nenhum deles exibia o comportamento esperado. Achavamos que sempre que encontrássemos um sorvedor, seriamos atacados, mas os dois não queriam luta. Pelo contrário, nos receberam bem, pedindo apenas explicações do que estava acontecendo.

Eu não podia simplesmente pular, atacá-lo e tirar sua vida. Isso iria totalmente contra os códigos que eu sigo. Não poderia simplesmente matar um inocente, por assim se dizer. Resolvemos contar para ambos o que acontecia. Porque os procuramos e o que deveria acontecer. Tenner se recusou a simplesmente morrer. Urlag tentou conversar com eles, e eles se comprometeram a nos ajudar a derrotar os outros sorvedores, mas eles não iriam se matar, lutar, ou duelar conosco.

Sem muita escolha, resolvemos aceitar, mesmo com o grupo não aceitando. Ambos iriam conosco, e nós iríamos até o sorvedor mais próximo, que era o de Tillian. Seguimos então em direção da Floresta da Noite Densa em busca dele. A viagem durou vários dias até enfim adentrarmos o local. Conforme seguiamos para dentro da floresta, Tillian parou o grupo, falando que deveria ir em frente sozinho.

Esperamos por alguns momentos até que ele voltou, dizendo que havia sentido seu sorvedor agora indo para o subterrâneo, e ao que tudo indicava ele seria um Drow, e que não deviamos confiar em Drows. Acabamos falando sobre Ragnos, que era nosso Colega Drow anos atrás, e ele disse que mesmo assim não deviamos confiar.

Seguimos por mais um tempo andando na direção dita por Tillian, e poucos metros adiante, acabamos chegando a uma praia, onde havia um Drow pescando. Conforme fomos chegando, ele se assustou e acabou puxando uma faca e apontando-a em nossa direção. Mesmo tentando argumentar com ele, o mesmo não reduziu a defesa. Atacaria quem chegasse perto, e disse que jamais permitiria que os amigos de elfos chegassem perto do Sir Mobius, o herói dos Drows, mesmo nós alegando que tinhamos que avisa-lo sobre o perigo de um sorvedor na cidade dos Drows.

Lauzen disse q conhecia Mobius e pediu pra falar com ele, mesmo o Drow estando com medo pediu q agente se retirasse para a floresta disse q iria falar com Mobius e ele decidiria se viria ou não ter uma palavra com agente. Chegando na floresta, não muito tempo depois nos vimos cercados, Drows. Um deles se aproximou, deveria ser um general ou algo assim, mas oque mais marcava nele não era sua patente, mas um braço que ele possuia, feito de aço, ou algum material parecido.

Explicamos a situação mas ele parecia indiferente agente, foi qndo Tillian avisou q o sorvedor dele estava chegando, e para nossa surpresa era o propio Mobius. Ele anunciou que sabia o motivo de termos ido até lá, e o que deveria ser feito. Ele virou-se para os Drows, anunciando que após tantas tentativas falhas dos elfos em assassina-lo, havia chego a hora dele cumprir sua missão.

Pediu que todos fossem a praia pois ele precisava falar com o nosso grupo a sós. Nessa hora ele disse que sim era o sorvedor do Tillian, e pediu para que o mesmo encerrasse sua vida. Tilllian claramente ficou sem palavras, se não fosse uma momento tão dramatico acharia até irônico, afinal de contas, o Tillian não para de falar nunca. Como ultimo pedido a Tillian, Mobius queria e ele liderasse os Drows, que desse um fim nessa guerra entre drows e elfos. Aparentemente Tillian aceitou, mas realmente não sei o que passa pela cabeça dele...

Ao chegarmos na praia Mobius disse algumas palavras ao seu povo e se ajoelhou na frente de Tillian aguardando o golpe final. Ele não temia a morte, sabia que esse era o destino, e pedia a ele apenas que liderasse os Drows, para que sua imagem, tão horrível para o mundo, fosse enfim limpa. Tillian por sua vez se mostrava perturbado. Aparentemente, Mobius havia salvo ele no passado, e Tillian simplesmente não aceitava ter que mata-lo. Não era digno, nem um bom meio de retribuição. Mobius apenas disse para ele cumprir sua missão.

Com um golpe rápido, a vida de Mobius se foi, sem dor, sem remorços. Um sacrifício, doloroso a todos, mesmo aqueles que nunca tinham visto ele anteriormente, mas sabiam de sua importância.

Millo se ajoelhou, pegando um pouco do sangue de Mobius, e recitou algumas rápidas palavras. Desejamos sorte a Tillian, e Millo completou o ritual, colocando a mão cheia de sangue no rosto do elfo. O corpo dele logo desapareceu, sendo enviado assim ao mundo dos Mortos.

Apesar de tudo, nos despedimos dos Drows que lamentavam a morte de seu líder, com cantigos que, aparentemente exautavam o mesmo, e nos despedimos com mais um infeliz sacrifício contado...

Seguimos então para o sul, em direção ao sorvedor de Lauzen, sempre por dentro ou beirando a floresta. O sentimento de tristeza ainda abatia o grupo como um todo, não creio que realmente fosse fácil aceitar derramar o sangue de pessoas inocentes, ou que lutassem pela liberdade ao nosso lado. Nunca é, nunca será.

Conforme seguimos para o Sul, após alguns bons dias, acabamos nos deparando com um grupo de Guerreiros erguendo dois estandartes. Um, conhecido. Os Templários do Oeste. O outro, um emblema que nunca tinha visto, com vários animais desenhados. Recordei-me que muito antigamente havia escutado sobre as tribos bárbaras dos animais que viviam ao sul. Mas, não me recordava que elas poderiam estar "aliadas" entre si. Preferimos ficar escondidos dentro da floresta por um certo tempo, deixando eles se agruparem. Haviam pessoas montadas em Mamutes...rinocerontes...e até mesmo águias atrozes.

Como não sabiamos se estavamos vendo amigos ou inimigos (apesar de que, o estandarte dos Templários agora exibia o emblema de Solaris. Símbolo esse que, não aparecia em local algum durante a estada deles dentro de Kroza). Quando pensavamos em sair lentamente, notamos a nossa frente vários Meio-Orcs, e Meio-Elfos caminhando em direção ao grande grupo que se amontoava montando suas tendas e erguendo seu acampamento. Acabamos sendo abordados por um dos Meio-Orcs, bem rudemente devo adicionar...nada que não fosse esperado de um orc.

Nos afastamos por alguns momentos, mas a curiosidade de se descobrir o que era aquilo, acabou fazendo com que acabassemos pedindo para Tenner ir escutar o que estava sendo discutido no acampamento (Já que ele havia dito que podia fazer isso sem ser descoberto).

Enquanto esperavamos, uma das águias pousou perto do local onde estavamos, e um elfo desceu. E começou a gritar para que seus irmãos saissem da floresta, e se unissem na luta pela liberdade. Acabamos saindo da floresta para tentar falar com ele. Ele acabou nos contando que os Templários haviam abandonado o Rei de Kroza, e juntos estavam seguindo para o norte com as tribos bárbaras para destruir as criaturas dos pântanos.

Desejamos a eles boa sorte, já que o elfo ainda tentaria convencer os elfos sobreviventes a se unirem a eles. Aguardamos o retorno de Tenner que trouxe mais algumas informações, e então seguimos nosso caminho.

Seguimos conforme era apontado por Lauzen, e após muitos dias de viagem, adentramos o grande deserto. Lá, os cavalos já não conseguiam avançar, e então, Millo utilizando de sua magia de teletransporte os enviou com uma mensagem para o Clérigo de Bors e Lucian, que a tanto tempo não falavamos. Enviados, viajamos mais 2 dias, antes da água acabar...

Mesmo assim, acabamos chegando a grandes ruínas, que se assemelhavam a um templo. Lauzen dizia que seu sorvedor estava ali, e então entramos. Tudo parecia estar danificado ali, mas havia um pequeno riachozinho com água. Urlag bebeu um pouco da água para ver se ela estava boa...e com a confirmação do grande bárbaro, todos bebemos e enchemos nossos cantis.

Após isso, descemos as escadas. Ao fundo do salão que ali havia, estava sentado um Rastiff. Lauzen logo informou que podia sentir o mal nele. Muito forte. Conforme as descrições de Undertaker...um homem com bárba trançada, e rastafaris. Portando uma tatuagem de uma serpente e outra de tigre, e muito forte....era ele mesmo. O mestre de Undertaker, o Sorvedor de Lauzen.

O mesmo se levantou fitando ao grupo. Todos estavam tensos, mas preparados...talvez pra tudo, mas não para o que aconteceu. Com alguns movimentos, as tatuagens do corpo do guerreiro tomaram vida, transformando-se em um grande Tigre e uma serpente atrozes. Antes mesmo de termos chance de agir, o tigre avançou, e acabou por me prender ems ua mandíbula com uma mordida. Não fosse minha armadura, provávelmente teria morrido aquela hora.

Enquanto tentava me soltar, acertando minha espada contra ele, pude ver Urlag sendo envolvido pela serpente que provávelmente tentaria esmaga-lo. Nada que o bárbaro não conseguisse resolver, batendo a mesma na parede e dando algumas machadadas....

Enquanto enfrentavamos os animais atrozes, o sorvedor apenas ficava parado, assistindo. Mesmo assim, a serpente ainda tentava prensar Urlag, que agora também era auxiliado por Tenner e Millo.Lauzen e Ragnar, batiam contra o Tigre, que apenas me mantinha preso enquanto lutava com os outros, e continuando a atingi-lo, acabamos fazer ele cair.

Assim que sai da boca do tigre, e fiquei novamente de pé, foi o tempo de ver Lauzen saltando pra cima de seu sorvedor. A Maça de Lauzen estava brilhando como uma tocha, e quando atingiu o alvo, um clarão surgiu, e logo em seguida outro. Possívelmente o sorvedor não ficou muito feliz com aquilo, uma vez que afastou-se um pouco, para então se transformar em algo semelhante a um homem-chacal.

Assim que encerrou a transformação, logo avançou para cima de Lauzen, que em poucos golpes caiu. Fosse o que fosse aquele sorvedor era algo muito mais forte do que parecia, e muito mais monstruoso. Ao ver a cena, Ragnar avançou gritando para cima do guerreiro, aplicando machadadas ao longo do corpo do mesmo. Millo correu até Lauzen, usando o próprio sangue para curar as feridas do mesmo. Naquela hora, utilizei da habilidade "Defesa Final", e avancei para cima do homem chacal. Apesar de estar atacando junto de Ragnar e Lauzen (que havia a pouco se levantado e já voltava para o combate...), o sorvedor era rápido, e ia desviando de vários de nossos golpes. Poucos momentos depois, após ver o sorvedor desviar de mais um de meus ataques, vi passando por nós uma gigantesca rajada de Energia, nesse momento ele tocou no chão e seu corpo se transformou em rocha solida, já sabia dessa habilidade dele, mas ainda assim é surpreendente de ver, Millo soltou uma magia, e logo na sequencia Tenner, o corpo do monge voltou a se transformar em carne pra ser fatiada pelo Ragnar. mais algumas espadadas e uma esfera de ernergia com algo como eletricidade dentro fez com q ele caisse ao chão. Estavamos exaustos. com certeza essa foi a batalha mais exaustiva até hoje.
Millo logo se aproximou de Lauzen e rapidamente efetuou o ritual. Naquele andar, tudo já estava praticamente envolvido em sangue, do Tigre, da Serpente (que a pouco havia sido derrotada), de Lauzen, do sorvedor, e de praticamente todos nós...algo nada bonito de se ver. Mas enfim...efetuado o ritual, assim como Tillian, Lauzen desapareceu.

Dentro do salão agora apenas Eu, Ragnar, Millo, Urlag e Tenner, já não sabiamos o que fazer. Antes que pudessemos mesmo conversar, Urlag ficou estático e depois caiu no chão. Atrás dele, Hakkin, o Sorvedor de Bors sorria e acenava, novamente ele desapareceu. Na mesma hora, Tenner lançou da escuridão no salão.

Millo avisou que, se Urlag estivesse morto...não seria possível enviar Ragnar para o mundo dos mortos, já que era necessário que a pessoa ao menos lutasse com seu sorvedor. Naquela hora, Tenner se aproximou. Ele dizia que naquela escuridão, só ele poderia enchergar, então enfim a vantagem era dele. Falei para ele ficar próximo, porque com Hakkin as coisas não funcionavam bem assim....mas o aviso não foi rápido, uma vez que eu estava enganado.

Logo um barulho estranho, seguido de alguem sendo arremessado a uma parede, e a escuridão desaparecendo. Tenner estava de pé, e na parede Hakkin ainda meio desnorteado. Por instinto, acabei virando a atacando com minha espada...mas antes de conseguir fazer algo mais efetivo, Ragnar gritou em fúria se jogando para cima de Hakkin e espancando-o frenéticamente.

Ele Gritava que Hakkin havia matado o pai dele e que havia impedido a chance dele fazer história para poder ser o novo Rei de Proust, e que agora ele teria enfim a própria vingança. Os socos eram cada vez mais violentos e constantes, reagindo ainda mais a fúria de Ragnar. Millo em seguida, lançou a magia de Aumentar Pessoa, e em poucos momentos, Ragnar estava quebrando o teto do salão utilizando Hakkin como o martelo.

Voltamos a atenção para Tenner e Urlag, tentando carregar o corpo do bárbaro para o andar superior. Ao chegarmos lá, Ragnar estava com um joelho apoiado sobre Hakkin, e permanecia socando o mesmo. Ao observar a situação, Hakkin já não deveria mais ter ossos...era apenas um saco de carne banhado em sangue enquanto apanhava.

Mesmo tentando ajudar Urlag, nada mudaria a situação. O Bárbaro havia morrido com o golpe de Hakin, e Ragnar estava fadado a não ir para o mundo dos mortos. Tenner estava imóvel, não acreditando na morte de seu companheiro de longa data. Ragnar logo depois, parou de destruir o corpo de Hakkin, sentando-se em um canto, enquanto Millo se aproximava.

Dizia ele, que pelo visto, Hakkin era o seu sorvedor também...então ele poderia ir. Eu decidi, que ficaria com Ragnar e Tenner. Não o mataria assim do nada, e não deixaria Ragnar sozinho. Millo seria mais útil para o resto do grupo...Foi quando Tenner se ajoelhou falando para eu encerrar aquilo. Ragnar disse, que deveriamos ir. Ele ficaria e resolveria as coisas como pudesse. Sinceramente, não queria deixar um companheiro para trás, tão pouco matar Tenner, uma vez que ele já estava sofrendo demais.

Mesmo assim, Tenner insistiu, assim como Ragnar. Então....mesmo assim, tirei a vida de Tenner. Um golpe rápido e limpo, sem dor. Nos despedimos de Ragnar, e deixei a ele a capa com o emblema de Cormyr, um presente apenas simbólico. E assim, Millo nos levou ao mundo dos mortos.

Não estava satisfeito, tão pouco contente. Hakin havia arruinado a vinda de Ragnar, nos fazendo abandonar um dos nossos, sozinho, com inimigos caçando-o. Mesmo sendo Ragnar, não foi justo. Se Yaggi tivesse morrido, como Ragnar iria ser rei, sem ter uma grande história para seu povo o aceitar? Proust cairia se fosse esse o caso....e tudo isso, seria culpa de apenas 1 pessoa, irresponsável por seus atos.

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