quarta-feira, 3 de março de 2010

Capítulo 2 - Juramento Falho

Data do Encontro: 27/02/2010

Já faziam alguns dias que haviamos saído de Nextar. Seguimos o rio, adentrando a uma floresta, que a cada metro ficava mais difícil de se atravessar com os cavalos, ou mesmo a pé, mas mesmo assim, continuamos seguindo. Depois de uma demorada caminhada, encontramos uma minúscula clareira. O suficiente para passarmos a noite. Todos pegaram seus sacos de dormir, e eu montava a tenda para a Princesa dormir. Não passaram nem 20 minutos. Eesha ficou no turno da noite,e o resto do pessoal dormiu.
Não sei quando tempo exatamente passou, entre eu apagar e ser acordado pelo Boro. Reconheci ele pela voz, porque mesmo de olhos abertos, eu não conseguia enchergar nada. Tateei pela tenda em busca da princesa. Nada. Chamei pelo nome dela. Nada. Algo estava mais errado do que nunca.

A escuridão era intensa. Tudo que eu tinha era apenas minha espada e meu escudo (Afinal, ao contrário de certos clérigos...eu não durmo de armadura). Sabia que os outros estavam ali...só não sabia onde. Poucos momento se passaram, até que ouvi um grunido de Boro. Ele foi atingido. Me concentrei, tentando ouvir algum movimento estranho entre Boro e eu. As vezes o inimigo estivesse ali. Mesmo calculando, não consegui atingir nada com meus golpes. E em seguida, mais grunidos dele.

Não sabia a condição dos outros. Mas achei que deveria manter seja lá o que fosse longe deles. Tentei provoca-lo a um combate...mas o mesmo não veio. Momentos depois, um outro grunido de Boro, e um barulho de algo indo ao chão. Ele havia caído. Poucos momentos depois, uma barulheira de metal batendo, capotando e arrastando. Por algum motivo estranho, sabia que era Ragnoz. Com Boro caído, e Ragnoz em um estado desconhecido, apenas usei de estratégia. Mantive os olhos fechados, escudo e espada preparado. Para me atacar, esse monstro viria fazendo nem que fosse um ruído. E ai seria minha vez. Recebi um pequeno golpe, levemente apartado pelo escudo, e contra ataquei com a espada. Pela resistência apresentada, atingi meu alvo.

Repeti esta atitude mais algumas vezes, conseguindo sempre deixar uma ferida em um inimigo desconhecido. Poucos momentos depois do último golpe, senti a lança ficando no chão ao meu lado, e finalmetne consegui ver meu oponente. Era uma coisa grotesca, horrenda, deformada...não sei como melhor defini-la. De qualquer maneira, após alguns muitos golpes, tanto dele contra mim, como meus contra ele, a escuridão passou a clarear. Conseguia visualiza-lo agora totalmente, e melhor me defender. Vi Boro caido, assim como Ragnoz...mas nada do Eesha.

Depois de mais alguns golpes, Eesha chega pelas costas do monstro, atacando o mesmo com uma adaga. Eu vi ele cambalear, antes de atingi-lo junto de Eesha novamente. Então o maldito reagiu e me acertou de novo. Não sei se foi o peso das feridas anteriores, ou mesmo a preocupação excessiva com a princesa. Só sei que, esse último golpe, foi o suficiente pra me apagar.

Acordei pouco tempo depois, graças ao auxílio de Eesha. Boro estava sentado, já com algumas bandagens. O Ladino dizia que aparentemente Ragnoz estava morto. Resolvi conferir. Para nossa sorte, ele estava vivo.

Mesmo parecendo que meu corpo mal respondia as minhas vontades, praticamente me arrastei pelo acampamento procurando toda e qualquer pista sobre a princesa. Porém, por mais que eu quisesse sair correndo atrás dela, eu sabia que, se saísse naquele instante, provavelmente estaria morto poucos metros a diante.

Resolvemos descansar o resto da noite ali. Na manhã seguinte, novamente procurei por mais pistas sobre a princesa, ou seja lá quem for que tenha seqüestrado a mesma. Nenhuma pista. Apesar de discordar levemente, os outros aconselharam que seguíssemos para a cidade mais próxima, uma vez que poderia haver a chance de encontrarmos algo lá. Além de que, Boro ainda estava bem machucado.

Seguimos por algumas longas horas, ao lado do rio. Muito tempo depois, visualizei um pequeno grupo as margens do rio. Não sabia quem eram, nem qual eram suas intenções. Pedi para esperarem ali, enquanto eu ia na frente tentar falar com eles. Era um grupo bem diversificado. Uma Halfling, um Rastiff, um humano e Dois Norus (Aparentemente um desses era o Líder deles...apesar dele estar tentando pescar sem sucesso pelo que vi com o grupo).

Não eram pessoas más. Nos ofereceram companhia para seguir até a cidade, comida e até cura aos ferimentos de Boro. Ficamos ali com eles, e depois de nos alimentarmos e dormirmos novamente, seguimos viagem para a cidade. Confesso, naquela noite, mal dormi.

Na manhã seguinte, seguimos viagem. O Rastiff que era um Ranger foi na frente. Mais rápido que nós que seguimos a cavalo. Ele nos guiou até chegarmos a cidade. Lá, nós nos dividimos.

Eu fui ao templo de Luna, em busca de informações, procurar com o sacerdote qualquer informação sobre a Princesa ou alguém que pudesse me ajudar com isso. Tudo que descobri, foi sobre a existência de um Hermitão com poderes para descobrir o futuro e derivados.

Não conseguindo nenhuma informação totalmente útil, fui a Taberna. Novamente...nada. Só vi uma saída...ir em busca da princesa, com o Grupo, e o auxílio de alguém. Me dirigi para o Ferreiro, onde encontrei praticamente todo o grupo. Lá, comprei uma Lança Longa, um Arco Curto composto e algumas flechas. Se eu fosse atrás da princesa, faria de tudo para resgatar ela. Todos estavam comprando suas coisas e solicitando reparo em outras (Isso gerou inclusive uma acalorada discussão entre Boro e Ragnoz...que terminou com o Raciocínio do Meio-Orc derrotando a Sabedoria do clérigo).

Com a Noite Caindo, tudo que resolvi fazer, foi me dirigir até a estalagem. Pegar um quarto, recuperar as forças...afinal, agora tenho 2 missões difíceis. Resgatar a Princesa, e convencer o grupo a vir comigo...Que Athos esteja comigo.

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